Rondônia, 27 de novembro de 2024
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Bancários completam 30 dias em greve com 119 agências fechadas em RO

A greve dos bancários completa 30 dias nesta quarta-feira (5) e já iguala ao período mais longo de paralisação nacional ocorrida em 2004. A greve teve início no dia 6 de setembro, desde então já aconteceram várias rodadas de negociação, mas até o momento não houve acordo. A segunda greve mais longa da categoria foi em 2003, totalizando 24 dias. 



“Eu já vim aqui 10 vezes e não consegui resolver meu problema que é um simples saque na boca do caixa. Estou com minhas contas penduradas sem ter como pagar. Isso é uma falta de respeito muito grande com a gente”, reclamou o técnico de climatização Rondonaide Azevedo, de 36 anos.

O Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb-RO), no estão pelo menos 119 agências estão fechadas, o que tem prejudicado muitos clientes, principalmente idosos.

“Eu já vim aqui 10 vezes e não consegui resolver meu problema que é um simples saque na boca do caixa. Estou com minhas contas penduradas sem ter como pagar. Isso é uma falta de respeito muito grande com a gente”, reclamou o técnico de climatização Rondonaide Azevedo, de 36 anos.

O montador Souza Lima, de 34 anos, reclama que por diversas vezes tentou buscar atendimento na agência, mas não conseguiu. “Estou cansado de tentar ser atendido e não conseguir. Estou com conta de água, luz, telefone e outras contas atrasadas só correndo juros, eu não sei o que fazer porque meu dinheiro está todo no banco”, disse o montador.

"Sabemos que uma greve tão demorada assim causa transtornos a todo mundo, e nós, bancários, nunca desejamos isso de forma alguma. A população precisa saber que a culpa da greve é pura e exclusivamente dos bancos, que mesmo obtendo lucros sucessivos, quer impor uma política salarial de total desvalorização dos trabalhadores, e isso não podemos admitir. Não podemos recuar e aceitar isso, e por isso continuamos a greve e com mais força e unidade", destaca José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb-RO).

Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

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