Rondônia, 01 de maio de 2024
Geral

Caso dos diplomas falsos: Ação do MP pede indenização a alunos lesados e fechamento de todas as unidades de empresas

Em nota à imprensa na tarde desta sexta-feira, o Ministério Público de Rondônia detalhou as providências adicionais que tomou após a deflagração da Operação Apate, que desarticulou uma organização criminosa que atraíam estudantes para cursos de graduação e pós-graduação e ao final ofereciam diplomas falsos. As empresas envolvidas são o Centro Integrado de Pesquisa de Rondônia (Ciperon) e Norte Educacional, de Nova Mamoré. Confira:



Em caso de procedência da fixação da indenização, dentro da ação coletiva ministerial, as vítimas identificadas terão à disposição o título judicial para acessarem os valores que o Ministério Público pretende sejam restituídos aos eventuais lesados, sem a necessidade de ajuizamento de ações individuais com o mesmo pedido.

Na ação civil pública, a Promotoria de Justiça pede que haja a fixação de danos materiais e morais, de maneira coletiva, a todos os consumidores lesados, os quais poderão posteriormente se valer do eventual julgamento favorável proferido no processo movido pelo MP.

Em caso de procedência da fixação da indenização, dentro da ação coletiva ministerial, as vítimas identificadas terão à disposição o título judicial para acessarem os valores que o Ministério Público pretende sejam restituídos aos eventuais lesados, sem a necessidade de ajuizamento de ações individuais com o mesmo pedido.

Além disso, a ação pede o fechamento imediato de todas as unidades do CIPERON/Norte Educacional em Rondônia e no Amazonas, bem como a fixação de multa em caso de continuarem a ministrar cursos sem a devida autorização dos órgãos competentes.

Recentemente, o Conselho Estadual de Educação de Rondônia (CEE/RO) oficiou ao Ministério Público alertando que igualmente o curso de ensino médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) ministrado pela instituição não tem a autorização legal do Conselho.

Segundo o CEE/RO, são desprovidos de validade os documentos escolares expedidos pela empresa CIPERON, que atuava em parceria com o Centro Educacional Brasil Futuro, este com sede em Luziânia (GO), responsável pela emissão do material didático e diplomação dos alunos.

Por isso, o MP esclarece a necessidade imperiosa de que as vítimas e consumidores que se sentirem lesados busquem o Ministério Público para que possam ser identificados e ser gerado um banco de dados com todos os alunos já formados ou em curso perante quaisquer das unidades do CIPERON/Norte Educacional.

Devem, portanto, procurar o MP os alunos que já se formaram ou estão atualmente estudando em um dos cursos ofertados pelo CIPERON/Norte Educacional, envolvendo tanto o ensino médio na modalidade EJA, quanto os cursos de graduação ou pós-graduação.

Os alunos deverão apresentar seus documentos pessoais (RG e CPF), comprovante de endereço, detalhar qual o curso e em qual unidade estuda ou estudou, bem como preço da mensalidade paga, informar eventual vínculo de trabalho (cargo público ou empresa privada), bem como trazer cópia de todos os documentos escolares ou acadêmicos que porventura já tiveram recebido da Instituição (diplomas, certificados de conclusão de curso, histórico escolar, grade curricular, certidão de frequência, entre outros).

Poderão entregar os documentos e as informações a um dos seguintes canais de atendimento do MP:

1) Presencialmente, na Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, de segunda-feira a sexta-feira, das 08h às 12h e das 14h às 18h (Av. Dr. Mendonça Lima, nº 919, Centro, Guajará-Mirim (RO) - CEP: 76.850-000).

2) Presencialmente, na sede do Ministério Público de Rondônia, aos cuidados do CAEX/GAECO, de segunda-feira a sexta-feira, das 08h às 12h e das 14h às 18h (Rua Jamary, nº 1555, bairro Olaria, Porto Velho/RO - CEP: 76.801-917).

3) Virtualmente, 24 horas por dia, acessando o portal da Ouvidoria do MP, através do endereço eletrônico
. Neste caso, igualmente com os mesmos documentos e informações acima citados, os interessados poderão entrar em contato com a Ouvidoria pelo Formulário Eletrônico disponível no próprio site.

Esta fase é muito importante para assegurar a tutela especializada dos consumidores eventualmente lesados e, com isso, buscar minimizar ao máximo os danos causados.

Por fim, esclarece-se que a questão sobre a validade ou não da diplomação expedida está judicializada perante o juízo estadual da comarca de Guajará-Mirim, onde certamente os interessados terão assegurada a mais ampla defesa e o respeito absoluto a todas as garantias constitucionais inerentes do devido processo legal, próprias de nosso ordenamento jurídico.


SIGA-NOS NO

Veja Também

Mais de 1,3 mil pessoas estão matriculadas em cursos de graduação que entregam diplomas falsos em Rondônia, diz MP

Saiba as instituições que entregavam diplomas falsos, segundo o MP

Esquema dos diplomas rendia mais de R$ 500 mil por mês; servidores concursados pegaram documentos falsos

Diretora de instituição que fornecia diplomas falsos é presa

MEC diz que não pode fazer nada sobre o caso dos diplomas falsos da Ciperon e Norte educacional

Dona de empresas que forneciam diplomas falsos permanecerá na cadeia; decisão foi por unanimidade

MP denuncia 14 à Justiça no esquema dos diplomas falsos da Ciperon e Norte Educacional

Presidente do STJ nega liminar e dona de empresas dos diplomas falsos continua na cadeia

Mais uma faculdade em Rondônia funciona sem reconhecimento do MEC e é denunciada pelo MPF

TJ manda prender de novo a dona de empresas que forneciam diplomas falsos em Rondônia

MPF diz que ex-alunos de faculdade que fornecia diplomas falsos não podem aproveitar estudos