Cassol participa de Audiência pública sobre desmatamento na ALE
Atendendo ao convite da Assembléia Legislativa, o governador Ivo Cassol, participou da audiência pública com a finalidade de discutir sobre o desmatamento em Rondônia e a vedação da atividade extrativista, conforme o Decreto nº 6321 de 21/12/2007. A audiência contou com uma grande presença de público nas galerias, além participação de deputados estaduais, dos deputados federais Ernandes Amorim e Rubens Moreira Mendes, do Procurador Geral de Justiça, Abdiel Ramos Figueira, do Gerente do Centro Técnico Operacional Porto Velho Sipam, José Neumar da Silveira, do Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia, Chico Padre, do secretário da Casa Civi, Joarez Jardim, do Superintendente do Ibama em Rondônia, Osvaldo Pittaluga, presidentes de associações e sindicatos de produtores rurais municipais e estaduais.
Cassol: exijo respeito ao povo de Rondônia
Quanto às ações do Ibama, que nos últimos dias tem multado madeireiras em Buritis, Machadinho DOeste, Alto Paraíso, Nova Mamoré e Porto Velho, o superintendente do órgão, Osvaldo Pitalluga, alegou que não existe perseguição política à nenhum município, cor partidária ou empresa. Estamos fazendo operações e multando quem estiver em desacordo com a legislação. Se formos levar a lei ao pé da letra teremos desemprego no estado sim, é preciso que se criem alternativas urgentemente para estas pessoas, pelo menos 200.000 hectares de planos de manejo. Somente o município de Porto Velho é responsável por cerca de 27% do desmatamento no estado, afirmou. Pitalluga foi firmemente contestado pelo deputado Neodi de Oliveira, presidente da Assembléia e madeireiro, quanto à forma que a fiscalização está sendo conduzida. Estou neste ramo há 23 anos, sou madeireiro e sei o que estou falando: o Ibama está multando todo mundo indiscriminadamente. O setor madeireiro gera 18,7% do P.I.B. de Rondônia e nós não somos bandidos, disse Neodi.
Cassol: exijo respeito ao povo de Rondônia
O governador Ivo Cassol foi duro no seu pronunciamento. Em todas as categorias existem os bons e os maus, não é justo os bons madeireiros, que trabalham e geram empregos, paguem pelos que trabalham na ilegalidade. A força nacional deveria estar na faixa de fronteira coibindo a entrada de cocaína, não precisa de todo esse aparato para multar gente honesta, disse Cassol.
Outro alvo das críticas do governador foi a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Desde o início do meu primeiro mandato ela nunca me ligou, não tem nenhum projeto para Rondônia, e ainda por cima diz que comigo não tem diálogo e ainda divulga dados errados culpando Rondônia pelo desmatamento da Amazônia. Na audiência Cassol denunciou a tentativa de violação do sistema de fornecimento de guias da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental que, caso fosse concretizado, poderia beneficiar os infratores.
O governador também afirmou que não adianta fiscalizar as madeireiras se a madeira que elas beneficiam saem das áreas de preservação federal. Eu fui madeireiro e saí desse ramo porque cansei de ser achacado por estes fiscais, disse. Cassol sugeriu que o governo federal elabore um projeto para que os países de primeiro mundo e as multinacionais paguem para preservar. Eles já desmataram tudo e agora nos cobram para preservar. Por que não fazem uma lei que obrigue os produtos da Amazônia sejam beneficiados aqui, como o couro. Eu repudio a maneira como as coisas estão sendo feitas, eu exijo respeito pelo povo de Rondônia, finalizou.
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