Rondônia, 28 de dezembro de 2024
Geral

Cassol participa de Audiência pública sobre desmatamento na ALE

Atendendo ao convite da Assembléia Legislativa, o governador Ivo Cassol, participou da audiência pública com a finalidade de discutir sobre o desmatamento em Rondônia e a vedação da atividade extrativista, conforme o Decreto nº 6321 de 21/12/2007. A audiência contou com uma grande presença de público nas galerias, além participação de deputados estaduais, dos deputados federais Ernandes Amorim e Rubens Moreira Mendes, do Procurador Geral de Justiça, Abdiel Ramos Figueira, do Gerente do Centro Técnico Operacional Porto Velho – Sipam, José Neumar da Silveira, do Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia, Chico Padre, do secretário da Casa Civi, Joarez Jardim, do Superintendente do Ibama em Rondônia, Osvaldo Pittaluga, presidentes de associações e sindicatos de produtores rurais municipais e estaduais.



Cassol: exijo respeito ao povo de Rondônia

Quanto às ações do Ibama, que nos últimos dias tem multado madeireiras em Buritis, Machadinho D’Oeste, Alto Paraíso, Nova Mamoré e Porto Velho, o superintendente do órgão, Osvaldo Pitalluga, alegou que não existe perseguição política à nenhum município, cor partidária ou empresa. “Estamos fazendo operações e multando quem estiver em desacordo com a legislação. Se formos levar a lei ao pé da letra teremos desemprego no estado sim, é preciso que se criem alternativas urgentemente para estas pessoas, pelo menos 200.000 hectares de planos de manejo. Somente o município de Porto Velho é responsável por cerca de 27% do desmatamento no estado”, afirmou. Pitalluga foi firmemente contestado pelo deputado Neodi de Oliveira, presidente da Assembléia e madeireiro, quanto à forma que a fiscalização está sendo conduzida. “Estou neste ramo há 23 anos, sou madeireiro e sei o que estou falando: o Ibama está multando todo mundo indiscriminadamente. O setor madeireiro gera 18,7% do P.I.B. de Rondônia e nós não somos bandidos”, disse Neodi.

Cassol: exijo respeito ao povo de Rondônia

O governador Ivo Cassol foi duro no seu pronunciamento. “Em todas as categorias existem os bons e os maus, não é justo os bons madeireiros, que trabalham e geram empregos, paguem pelos que trabalham na ilegalidade. A força nacional deveria estar na faixa de fronteira coibindo a entrada de cocaína, não precisa de todo esse aparato para multar gente honesta”, disse Cassol.
Outro alvo das críticas do governador foi a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Desde o início do meu primeiro mandato ela nunca me ligou, não tem nenhum projeto para Rondônia, e ainda por cima diz que comigo não tem diálogo e ainda divulga dados errados culpando Rondônia pelo desmatamento da Amazônia”. Na audiência Cassol denunciou a tentativa de violação do sistema de fornecimento de guias da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental que, caso fosse concretizado, poderia beneficiar os infratores.
O governador também afirmou que não adianta fiscalizar as madeireiras se a madeira que elas beneficiam saem das áreas de preservação federal. “Eu fui madeireiro e saí desse ramo porque cansei de ser achacado por estes fiscais”, disse. Cassol sugeriu que o governo federal elabore um projeto para que os países de primeiro mundo e as multinacionais paguem para preservar. “Eles já desmataram tudo e agora nos cobram para preservar. Por que não fazem uma lei que obrigue os produtos da Amazônia sejam beneficiados aqui, como o couro. Eu repudio a maneira como as coisas estão sendo feitas, eu exijo respeito pelo povo de Rondônia”, finalizou.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Confira calendário de feriados e pontos facultativos para 2025 em Rondônia

Bradesco é condenado a pagar R$ 100 mil por discriminação salarial em Porto Velho

Justiça determina cancelamento do mega réveillon no complexo da Madeira Mamoré

Fiscalizações no transporte de passageiros são intensificadas nos terminais rodoviários do estado