Rondônia, 15 de novembro de 2024
Geral

Cerca de 40 mil pessoas morrem anualmente em decorrência da raiva animal em todo o mundo

A captura de morcego hematófago é uma das atividades para controle da raiva

O Dia Mundial de Luta contra a Raiva, comemorado hoje (28), tem atividades de conscientização sobre a raiva, visando diminuir as mortes de humanos e animais e os prejuízos à pecuária. A estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é que a raiva bovina cause prejuízo de centenas de milhares de dólares à pecuária na América Latina.

Para celebrar a data, durante a semana, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) vai à escolas, rádios e ruas para informar a população sobre os riscos da doença no animais e humanos.

De acordo com a Idaron, a vacinação em bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos não é obrigatória em Rondônia. “Quando há ocorrência de raiva, a vacinação passa a ser obrigatória na propriedade foco e em propriedades localizadas em um raio de 12 quilômetros”, explica o coordenador estadual do Programa de Controle da Raiva em Herbívoros, Dalmo Bastos Sant’Anna.

Costa Marques era o único município no Estado que a vacinação era obrigatória desde 2007, devido ao alto número de focos identificados na época. Porém, neste ano, a vacinação deixou de ser imposta e passou a ser recomendada, assim como nos outros municípios rondonienses.

O principal transmissor de raiva nos animais é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. Por isso, a Idaron realiza capturas de morcegos em abrigos e em propriedades com notificação de mordedura destes animais.

A Idaron alerta os produtores rurais que não devem mexer com os morcegos e/ou com os animais com suspeitas de raiva, principalmente na boca, porque a doença é transmitida pela saliva. “O produtor deve notificar morte de animais, sinal de mordedura e suspeitas à Agência. Nós temos até 24 horas para visitarmos o local”, fala o coordenador.

Os principais sintomas da raiva em animais são: afastamento do restante do rebanho; salivação excessiva, paralisia dos membros posteriores; queda frequente e movimento de pedalagem. O bovino morre entre três e seis dias após a contaminação.

A data do Dia Mundial de Luta contra a Raiva foi instituída em homenagem a Louis Pasteur, criador da primeira vacina contra raiva.

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