Rondônia, 18 de novembro de 2024
Geral

Com quase 60 escolinhas de futebol, projeto Renascendo pelo Esporte é financiado por penas pecuniárias

Da cesta básica para o gramado. É assim que o projeto Renascendo pelo Esporte, realizado com recursos da Vara de Execuções e Penas Alternativas (Vepema), beneficiou mais duas escolinhas de futebol. A atividade é possível graças à resolução 135, do Conselho Nacional de Justiça, que garante a transformação dos valores atribuídos pelo juiz para cumprimento das penas pecuniárias, em benefícios sociais alcançados pelos projetos de instituições sem fins lucrativos, engajadas na ressocialização ou em atividades de repercussão social.



Segundo o coordenador do projeto Renascendo pelo Esporte, presidente do Genus Sport Club, Evaldo Silva, “o projeto tem dupla funcionalidade social, por obter resultados além dos previstos, já que a produção dos uniformes, bolas e demais materiais pelo trabalho dos apenados na fábrica que funciona dentro do presídio, vem proporcionando a ocupação dos detentos, e, ao mesmo tempo, mostrando para as crianças a importância das boas práticas para se manterem longe da criminalidade”, comemora o Coordenador.

No início deste mês, as escolinhas de futebol dos bairros Orgulho do Madeira e Cidade Nova foram contempladas com a adesão ao Projeto Renascendo pelo Esporte. Agora são 57 Escolas de Futebol atendidas pelo projeto, que atua nas cidades de Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapuã d’Oeste, seja preparando os professores das escolinhas com formação em cursos técnico, seja no acompanhamento das atividades ou na entrega dos materiais esportivos, que são produzidos pelos apenados do complexo Ênio Pinheiro, realizando um trabalho que sai do presídio para beneficiar as escolas.

Segundo o coordenador do projeto Renascendo pelo Esporte, presidente do Genus Sport Club, Evaldo Silva, “o projeto tem dupla funcionalidade social, por obter resultados além dos previstos, já que a produção dos uniformes, bolas e demais materiais pelo trabalho dos apenados na fábrica que funciona dentro do presídio, vem proporcionando a ocupação dos detentos, e, ao mesmo tempo, mostrando para as crianças a importância das boas práticas para se manterem longe da criminalidade”, comemora o Coordenador.

Entre as ações, também se destacam a capacitação para 470 técnicos de futebol. A formação foi realizada por professores de Santa Catarina, nas cidades de Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cerejeiras, Vilhena, Guajará Mirim e Porto Velho para os responsáveis pelas escolas de futebol.

Além do cadastramento das escolinhas, o projeto realiza levantamento sócio educativo dos jovens atletas, como prevenção contra possíveis infrações que eles possam ser levados a cometer, bem como acompanhamento do desenvolvimento das atividades esportivas. “Tinha escolinha parando por falta de bola”, disse o coordenador Evaldo Silva, enfatizando que “a prática de esporte é um incentivo que direciona para o melhor caminho”.

Na relação de metas a serem alcançadas pelo projeto, está a de ativar 500 escolinhas no Estado de Rondônia, envolvendo aproximadamente 100 mil atletas, com foco especial para a diminuição dos índices de criminalidade; o resgate e aprimoramento das escolinhas; a realização de eventos esportivos como campeonatos, com campanhas educativas e sociais e as oportunidades aos jovens, tanto na área educacional como no mercado de trabalho.

A juíza Kerley Alcântara, titular da Vepema, participou da programação realizada no último dia 9 deste mês, no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, onde uma das novas escolinhas foi adotada pelo projeto Renascendo pelo Esporte. A magistrada conheceu os jovens atletas do local e conversou com as lideranças sobre ações que podem contribuir para melhorar as estruturas locais existentes, bem como a qualidade de vida na comunidade, com a solução de problemas sociais que podem ser sanados pela presença do esporte e de seus incentivadores, que, “com uma linguagem simples e acolhedora, conseguem resgatar nas crianças e jovens a autoestima, despertando, como numa partida de futebol, a vontade de vencer na vida e comemorar acertos”, afirmou a juíza.

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