Com variante delta se espalhando no Brasil, Governo de Rondônia pede que população complete ciclo vacinal
Em todo o Brasil, observa-se resistência da população em voltar aos postos de imunização para receber a 2ª dose da vacina contra covid-19, tendo como argumento mais comum os efeitos colaterais dos imunizantes, porém o Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) alerta os rondonienses para o verdadeiro ‘‘efeito colateral’’ desse comportamento, que é ter uma população despreparada para a iminente entrada da variante Delta.
‘‘Se você já completou o intervalo para receber a 2ª dose, procure um posto de imunização’’. O apelo é da coordenadora estadual da covid-19 (Agevisa), Flávia Serrano, e tem justificativa; a variante Delta está se espalhando no Brasil.
A cepa é resultado de mutações seletivas e tem alta transmissibilidade, considerada maior que todas as anteriores, e capaz de levar Rondônia a disparar nos índices de internações e óbitos, que atualmente encontram-se em queda.
Flavia Serrano esclarece que o esquema de vacinação completo não impede que não haja casos de infecção pelo vírus, mas é eficiente para atenuar que os casos não se tornem graves a ponto de necessitar de internação ou mesmo resultar em óbito. ‘‘Ela não é uma variante de risco para quem tomou a 1ª e 2ª doses, mas para quem tomou apenas a 1ª dose e para quem não fez o esquema vacinal, ela é de alto risco’’.
Os intervalos para a 2ª dose de dois tipos de imunizantes foram reduzidos. Para a AstraZeneca é de 45 dias e o da Pfizer, é de 60 dias. A CoronaVac tem intervalo de 28 dias e a Janssen é dose única. E são esses prazos que devem ser observados pela população.
‘‘Neste momento, nós não temos em Rondônia a oficial entrada da delta, e a hospitalização e óbito estão cada vez mais diminuindo, porém é importante trabalhar antes da entrada dessa variante no Estado a conscientização da população sobre a importância de retornar para a 2ª dose, que não precisa ter resistência devido às reações da vacina, pois a nova variante pode driblar o sistema imunológico se não completarmos a imunização com a 2ª dose da vacina’’, afirma a coordenadora.
Ela faz ainda um alerta para que a população entenda a gravidade individual e coletiva de não completar o ciclo vacinal, conforme o que tem ocorrido em outras partes do Brasil. ‘‘Hoje o Rio de Janeiro é um grande exemplo para o Estado de Rondônia continuar incentivando a população a se vacinar, pois lá eles não conseguiram completar a vacinação da população em tempo hábil, e as UTIs estão cheias, exatamente de pessoas que recusaram tomar a 2ª dose.
A coordenadora esclarece a população que a entrada da variante uma hora irá acontecer, mas que Rondônia não precisará repetir o que está ocorrendo no Rio de Janeiro. ‘‘Nós queremos que quando ela chegar, o impacto seja menor, pois nossa população estará amplamente vacinada. Os efeitos colaterais de vacinas não estão nem perto da consequência que é desenvolver a doença, dos óbitos e dos sofrimentos das famílias. Efeito colateral em processo de imunização ocorre dependendo do organismo, e pode nem ocorrer na 2ª dose. Procure completar o esquema vacinal para proteção contra covid-19. Não resista mais’’.
Uma população ciente da importância da vacinação é capaz de dar esperança coletiva de superação da pandemia. ‘‘É preciso lembrar que a vacina é segurança, é vitória, é vida. Pedimos à população que não espere ser chamada para a 2ª dose. Os intervalos das doses foram reduzidos, e é uma medida de acordo com as bulas das vacinas. E isso foi feito porque a variante atual de preocupação, a delta, pode driblar o sistema imunológico, se não houver imunização completa’’, reforça Flávia.
Em Rondônia, as estratégias para conscientizar os rondonienses da importância da 2ª dose da vacina contra a covid-19, ganhou robustez com a criação no início deste mês, do Plano de Aceleração da Vacina criado pelo Governo de Rondônia por meio da Agevisa.
“Atualmente 67% de nossa população já tomou a 1ª dose da vacina, agora é necessário completar o esquema de vacinação e alcançar a totalidade da população vacinável. É muito importante que sejam administradas as duas doses da vacina, para proteção contra as variantes da covid-19”, alerta Gilvander Gregório de Lima, diretor-geral da Agevisa.
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