Começa julgamento do homem acusado de planejar morte do ex-prefeito Chico Pernambuco

Começou às 9h20 desta quarta-feira, o julgamento de Katsumi Yuji Ikenohuchi Lema, acusado de ter planejado a morte do ex-prefeito de Candeias do Jamari, Francisco Vicente de Souza, o “Chico Pernambuco”.

Seis mulheres e um homem foram sorteados no 1º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho, para decidir o destino de Katsumi.

O julgamento deve ser demorado. São oito testemunhas de acusação, entre eles a delegada de Candeias, Keity Mota Soares e outras que têm os nomes preservados.

Segundo o advogado de defesa, Marcos Vilela Carvalho, não há elementos suficientes para a condenação do cliente. Para ele o que existe contra o réu na ação penal é apenas o que ele chamou de achismo e suposição. “Não há nada concreto nem positivo que pudesse sustentar para uma condenação.”

O advogado afirmou que vai sustentar que o réu não teve participação na morte do ex-prefeito. Disse que vai mostrar que o ex-cunhado dele foi em sua residência ver algo relacionado a manejo. A Polícia e o MP não levaram para os autos nenhuma prova contundente que ele teria algum tipo de participação. Ele garantiu ainda que o réu queria aguardar o momento certo para se apresentar.

O Conselho de Sentença (jurados), presidido pela juíza Juliana Paula Silva da Costa Brandão, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho, já condenou Marcos Ventura Brito, Henrique Ribeiro de Oliveira e Diego Nagata Conceição sob a acusação de assassinarem Francisco Vicente de Souza (Chico Pernambuco) e lesionarem Bruna Blackman Mota. O crime aconteceu no dia 18 de março de 2017, no município de Candeias do Jamari.

A dosimetria (tempo de prisão) das penas aplicadas pela juíza Juliana Paula Silva da Costa Brandão a Marcos Ventura Brito foi de 14 anos e 6 meses de reclusão, pela prática de homicídio qualificado; e 6 meses de detenção, por lesão corporal. Diego Nagata Conceição foi condenado também a 14 anos e seis meses de reclusão, por homicídio, e mais 4 meses de detenção, por lesão corporal. Já o acusado Henrique Ribeiro de Oliveira vai cumprir a condenação de 13 anos de reclusão, mais 5 meses de detenção. Todos os réus cumprem as penas em regime fechado.