Rondônia, 22 de novembro de 2024
Geral

Comitê é formado para conduzir candidatura do Forte Príncipe da Beira a patrimônio mundial

Comissão visita Real Príncipe da Beira em Costa Marques (Foto: Iphan/Divulgação)

Tiveram início nesta quarta-feira (11), as discussões para a candidatura do Real Forte Príncipe da Beira a patrimônio mundial. Representantes do Exército Brasileiro, Governo de Rondônia, Prefeitura de Costa Marques e a Associação de Moradores da Comunidade Quilombola do Forte Príncipe da Beira estiveram presentes na oficina técnica realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que continua nessa quinta-feira (12). No total, o conjunto de fortificações é formando por 19 fortes e fortalezas que concorrem ao título.



Além das discussões, já foram realizada visitas ao Forte em Costa Marques para avaliar e dá início a criação de um dossiê. “O primeiro passo é criar um dossiê sobre cada forte onde são descritas detalhadamente as características do bem, a criação, a importância dele para o patrimônio histórico, as condições que ele se encontra, o que precisa ser feito, e principalmente, um plano gestor para dizer o que vai ser feito com esse bem após ele se tornar um patrimônio mundial”, explica Delma Batista.

De acordo com a superintendente do Iphan, Delma Batista, não é somente nosso Forte em Rondônia que vai concorrer. “No Brasil existem outros que formam um conjunto de fortificações, que fazem parte da lista de fortificações do Brasil Colonial que foram fundamentais para definição das fronteiras do Brasil e hoje são candidatos a patrimônio mundial, que será reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)”, afirma

Além das discussões, já foram realizada visitas ao Forte em Costa Marques para avaliar e dá início a criação de um dossiê. “O primeiro passo é criar um dossiê sobre cada forte onde são descritas detalhadamente as características do bem, a criação, a importância dele para o patrimônio histórico, as condições que ele se encontra, o que precisa ser feito, e principalmente, um plano gestor para dizer o que vai ser feito com esse bem após ele se tornar um patrimônio mundial”, explica Delma Batista.

Além do Iphan, a ideia ganhou apoio do Exército, Governo e a Prefeitura de Costa Marques, alunos de arqueologia da Unir e vários historiadores. O grupo compõe a comitiva para elabora esse dossiê e vai concretizar a candidatura.

Sobre a importância do bem histórico se tornar um patrimônio mundial, a superintendente diz que o local pode ficar conhecido mundialmente podendo atrair investimentos internacionais. “Hoje o nosso Forte tem um tombamento estadual e nacional, então ele é um bem nacionalmente protegido. Quando tiver esse reconhecimento de patrimônio mundial, ele vai ter um olhar não só nacional, mas também mundial e consequentemente poderá atrair turistas, estudiosos e trazer investimentos internacionais que podem estar cuidando melhor do nosso bem”, finaliza.

Forte de Príncipe da Beira
O Real Forte Príncipe da Beira é uma faz 19 fortificações candidatas a Patrimônio Mundial. Com um perímetro de mais de 900 metros, é uma das maiores obras edificadas pela engenharia militar portuguesa no Brasil Colonial. Está localizado às margens do rio Guaporé, em Costa Marques, uma região estratégica para a defesa das fronteiras entre o Brasil e a Bolívia, disputadas por Espanha e Portugal, durante o período do Brasil Colonial, no século XVII.

Abandonado por décadas, suas ruínas foram encontradas pela expedição do Marechal Cândido Rondon durante a implantação das linhas telegráficas na região. A princípio, foi erguido um fortim cercado por paliçada, recebendo o nome de Nossa Senhora da Conceição, sendo substituído posteriormente pelo Forte Bragança, atualmente em ruínas. Em 1776, com a necessidade de uma fortificação mais sólida e em terreno de melhor condição, foram iniciadas as obras do novo Forte, inaugurado em 1783.

Com o achado, uma unidade do Exército foi implantada no local. Tombado pelo Iphan, em 1950, o forte é de propriedade do Exército Brasileiro e, desde 1930, está sob a guarda do 17º Pelotão de Fuzileiros de Selva Destacado.

Reunião técnica para discutir a candidatura das fortificações começou nesta quarta-feira em Porto Velho (Foto: Uil Cavalcante/Rondoniagora)

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