Complexo do Trevo do Roque é liberado para tráfego
Após 2.694 dias corridos, estão liberadas as pistas do viaduto do Trevo do Roque. A obra, iniciada em julho de 2009, sob a responsabilidade da construtora Camter, foi finalizada nesse fim de semana, em Porto Velho, pelo consórcio Madecom. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), foram gastos cerca de R$ 8 milhões para o complexo do Trevo do Roque. A cerimônia de liberação da pista contou com a presença de vários políticos, dentre eles, o governador Confúcio Moura, o senador Valdir Raupp e o deputado federal Luiz Cláudio. O ministro dos transportes, Maurício Quintela, também marcou presença, mas disse: “Não tem nada para inaugurar ainda”.
Conforme o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alvarez Simões, a passagem pelo complexo vai desafogar o trânsito da capital. “A PRF vai estar presente aqui, orientando a população, em caso de dúvida, mas não há como errar. As pistas são praticamente autoexplicativas”, diz Alvarez.
Segundo o superintende regional do Dnit em Rondônia, Sérgio Augusto Mamanny, as obras saíram conforme o planejado após o reinício em 20 de junho. “Estamos liberando essa parte do viaduto que é uma parte central da distribuição de veículos para a cidade. É uma alegria para gente estar liberando isso aqui, porque vai melhorar o fluxo na capital”, diz o superintendente.
Emenda
O deputado Luiz Cláudio (PR-RO) garante que poder ver a finalização do complexo do Trevo do Roque o deixa muito feliz, por saber que foi um dos primeiros a destinar emenda para a retomada das obras. “Eu me sinto bastante satisfeito porque estou no meu primeiro mandato de deputado federal e graças a Deus pude contribui para que essas obras finalizassem. Estamos felizes que o ministro garantiu aqui que não vai faltar recursos até a conclusão de todas essas obras”, afirma o deputado rondoniense.
Conforme o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alvarez Simões, a passagem pelo complexo vai desafogar o trânsito da capital. “A PRF vai estar presente aqui, orientando a população, em caso de dúvida, mas não há como errar. As pistas são praticamente autoexplicativas”, diz Alvarez.
As obras
Com muita expectativa, no dia 19 de junho de 2009, a ex-presidente Dilma Roussef, então chefe da Casa Civil, esteve em Porto Velho para assinar a ordem de serviço das obras do viadutos e dos 20 quilômetros de marginais (a Rua da Beira). Foram liberados mais de R$ 80 milhões, recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I) e a obra tinha prazo de 180 dias, o que não foi cumprido.
Em julho de 2009, a construtora Camter iniciou as obras dos seis elevados de Porto Velho, que desde então, passaram por muitos problemas, inclusive investigação de possíveis irregularidades pelo Ministério Público Federal (MPF). A empresa, segundo executou cerca de 40% do serviço, segundo a gestão municipal da época. Pelo trabalho, a construtora recebeu cerca de R$ 40 milhões. Em outubro de 2010, o projeto recebeu aditivo de mais de R$ 10 milhões, no mês de janeiro de 2011, após nova revisão do projeto, foi feito um realinhamento de preço, em mais de R$ 9 milhões. A Camter requereu rescisão amigável, em abril de 2011, e a prefeitura aceitou.
A segunda colocada na licitação da época, construtora Egesa, se recusou a continuar a obra e uma nova licitação foi feita. A obra recomeçou em agosto de 2011 e após um ano foi novamente paralisado. Segundo o MPF, a Egesa recebeu mais de R$ 16 milhões por cerca de 20% da obra executada.
Em março deste ano, o superintendente do órgão, Sérgio Augusto Mamanny, garantiu que o consórcio contratado no ano passado para a conclusão da obra já estava reforçando os blocos para assim que parassem as chuvas, a obra fosse retomada. Em 20 de junho a obra recomeçou, com prazo para conclusão de 120 dias. Foram gastos mais de 130.
Manifestações
Durante o período em que obra esteve paralisada, muitos empresários da Rua da Beira fizeram manifestações por conta da lama e poeira que invadia os comércios da região. Em maio de 2013, cerca de 100 pessoas realizaram uma manifestação no viaduto do Trevo do Roque, na BR-364, cobrando a conclusão, tanto das obras dos viadutos, quanto das marginais da rodovia. Em junho, durante os protestos que tomaram conta de todo o país, houve confronto no viaduto da Jatuarana entre policiais e manifestantes. Empresários enterraram, de forma simbólica a Rua da Beira. Outros manifestantes fizeram churrasco no viaduto para cobrar a conclusão da obra.
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