Comunidades indígenas e extrativistas atingidas por cheias recebem cestas básicas e produtos de limpeza; saiba como doar
A cheia dos rios em todo o Estado tem afetado além da população urbana, as comunidades tradicionais e indígenas, muitas vezes situadas em locais de difícil acesso. Com a perda da maioria das roças, as famílias precisam de apoio com cestas básicas, além de água potável e produtos de higiene. Mais de 200 cestas básicas foram entregues em quatro aldeias e mais uma remessa será enviada neste final de semana. A Associação de Defesa Etnoambiental segue com campanha de arrecadação de recursos ou produtos que serão convertidos em cestas para as comunidades atingidas.
Muitas famílias ainda tiveram suas casas alagadas e perderam roupas e móveis. Na aldeia Santo André, região de Guajará-Mirim, a liderança Benjamim Oro Nao conta que a água encobriu a estrada usada para escoamento da produção e também o acesso às roças. “A gente não tem como passar nem de moto nem de quadriciclo pra ir tirar as produções”, relata.
A situação é semelhante nas aldeias indígenas do Povo Oro Win (São Luíz e Laranjal) e Povo Cabixi (Pedreira e Cristo Reis), na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, também situadas em área remota e de difícil acesso, onde só é possível chegar por via fluvial. No Território há vestígios de indígenas com isolamento voluntário.
Ainda no rio Pacaás Novos, a Kanindé e a Associação Indígena Santo André estão apoiando uma ação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) no atendimento às famílias extrativistas que residem na Resex Pacaas Novos e que foram também atingidas pelas cheias dos rios. A força tarefa irá, a partir deste sábado, 15 abril, distribuir cestas básicas e material de limpeza para as famílias atingidas. Polo Base do Distrito Sanitário Especial Indígenade Guajará-Mirim também apoia as ações.
A mesma situação se repete mais ao Sul de Rondônia, na região de Alta Floresta D'Oeste, na Terra Indígena Rio Branco, com a diferença que lá o impacto das chuvas é potencializado pelas inúmeras PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) que ocupam os rios da região e alteram os cursos d'água.
Mesmo com a água baixando, a ativista e coordenadora de Projetos da Kanindé Neidinha Bandeira afirma que as comunidades atingidas vão precisar de apoio por pelo menos seis meses, levando em conta o tempo para reestruturação das roças e a colheita das produções tanto para consumo quanto para venda.
Como doar:
Presencialmente no escritório da Kanindé: Rua Dom Pedro II, 1892, Nossa Senhora das Graças.
Por transferência bancária
Associação de Defesa Etnoambiental
CNPJ: 63.762.884/0001-31
Banco : Itaú ( 341)
Agência: 0663
Conta: 85087-3
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