Rondônia, 20 de novembro de 2024
Geral

Conferência sobre políticas públicas de assistência social começa na próxima quarta na capital

Acontece nessa quarta (19) e quinta-feira (21) a oitava edição da conferência municipal de assistência social com foco no fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) em Porto Velho. O evento quer definir garantias de acesso ao planejamento de políticas de assistência para o município de acordo com o segundo plano decenal.

A conferência está dividida em quatro eixos: proteção social não contributiva e o princípio de equidade como paradigma para gestão de direitos sócioassistenciais; gestão democrática e controle social: lugar da sociedade civil no Suas; acesso às seguranças socioambientais e articulações entre serviços, benefícios e transferência de renda como garantia de seus direitos; e a legislação como instrumento para gestão de compromissos e corresponsabilidades dos entes federativos para a garantia dos direitos sócioassistenciais.

A construção das políticas de proteção social ocorre desde a primeira conferência, ocorrida em 2001, com bases constitucionais e da lei orgânica da assistência social (Loas). Governos vêm definindo ao longo dos últimos dez anos a assistência social como política pública de direito e garantidora de direitos, universalizando o acesso da população.

Para Ângela Maria Gonçalves Pinheiro, vice-presidente do Conselho, a conferência servirá para identificar necessidades e definir diretrizes públicas de ação social. “As informações serão enviadas ao conselho estadual até o dia 8 de agosto. O estadual monta de acordo com que cada município lhe enviou e remete para a política nacional”, informa a assistente social da Secretaria Municipal de Saúde.

Na avaliação de Ângela Maria, a participação da comunidade, através dos centros de referência é fundamental porque “são protagonistas das políticas de assistência social, além de terem o poder de fiscalização, através dos conselhos”. Isso se aplica na fiscalização e no controle sobre vulnerabilidade social, violação de direitos.

A assistente social lembra que a criação de leis e diretrizes estabelecem o diálogo entre governos e sociedade civil para viabilizar cidadania e incluir o cidadão na superação da pobreza, a exemplo do programa Bolsa Família. Ângela Maria destaca que periodicamente há revisão de cadastros ou podem surgir inovações, a exemplo do que faz agora a Semasf “trabalhando a criação de comissão para combater o trabalho infantil, com o apoio de parceiros como Ministério Público, Poder Judiciário, da educação e da saúde”.

A vice-presidente do Conselho Municipal conclui dizendo que as ações de proteção social mobiliza a todos: sociedade civil organizada, usuários, trabalhadores e governos, todos comprometidos na construção coletiva e participativa, como mostra a trajetória das conferências de assistência social nos últimos dez anos”.

O evento é uma ação do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), vinculado à Secretaria de Assistência Social e da Família (Semasf), e acontecerá na faculdade Unopar, à rua Matrinchã, 995, bairro Lagoa, com o tema ‘Garantia de direitos no fortalecimento do Suas’.

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