Rondônia, 22 de dezembro de 2025
Geral

Conselho Diretor da AROM cancela eleições e convoca auditoria externa para emitir parecer dos últimos 5 anos

Em razão da insistência do prefeito do Vale do Anari, Charles Gomes (PSD), em contestar a prestação de contas, aprovada pelos membros do Conselho Fiscal da Associação Rondoniense de Municípios (AROM), o Conselho Diretor da entidade resolveu baixar resolução autorizando a contratação de uma auditoria externa para emitir um parecer sobre as contas nos últimos 6 anos. Por conseguinte, como define o estatuto, as eleições marcadas para o dia 27 de maio estão suspensas, até o relatório final sobre as contas recebidas, contratos fiscais, contratações, diárias e pagamentos. 

O Conselho Diretor da AROM é presidido pelo ex-prefeito Hildon Chaves, mas o vice-presidente Marcélio Brasileiro foi indicado para acompanhar o trabalho de auditoria externa. A Resolução 003/2025 foi tomada atendendo ao pedido do prefeito Charles que discordou da prestação de contas, lançando sérias acusações sobre contratos terceirizados e ameaçando divulgar notas fiscais que iriam comprometer alguns dirigentes da entidade. Agora, com a auditoria desde 2019, a futura entidade que será contratada pela AROM vai investigar todos os contratos que vão desde a gestão da ex-prefeita Gislaine Clemente junto com seu ex-diretor-executivo Roger André Fernandes, passando por Célio Lang (Urupá), o próprio Charles, que ocupou o cargo de diretor-geral, até a administração do ex-prefeito Hildon Chaves. 

Na continuação da Assembleia Geral Ordinária, convocada para prestação de contas do ano fiscal de 2024, o prefeito Charles Gomes realizou alguns “questionamentos acerca do referido parecer do Conselho Fiscal, restando, segundo este prefeito, insuficiente a prestação de contas para aquele momento”. “... Após a referida manifestação, o Presidente da entidade, em nome do Conselho Diretor, decidiu por suspender novamente a Assembleia e realizar, através de contratação externa, uma Auditoria Completa nas contas da entidade desde o ano de 2019 até 2024, ou seja, últimos 5 anos”, explica parte do trecho da resolução.

Grupo de prefeitos tentou tomar a AROM

A “guerra” pelo controle da AROM começou no início do ano, quando forças políticas contrarias as pretensões do ex-prefeito Hildon Chaves patrocinaram um movimento para despejar o atual presidente da entidade. A gota d’água foi uma “limpeza” em cargos CLT que foram indicados por prefeitos, ex-prefeitos e até empresários de Porto Velho. Naquele momento, Hildon entendeu que era necessário iniciar um novo tempo na AROM, substituindo cargos políticos por pessoas técnicas. Mas a ação desagradou o grupo que bancou uma futura candidatura do prefeito Charles, marcando uma assembleia extraordinária para destituição de Hildon do Conselho Diretor.

Para evitar problemas, o ex-prefeito resolveu fazer um acordo com o grupo beligerante. Marcou eleições para o final do mês de maio durante a programação da Rondônia Rural Show em Ji-Paraná. Mas precisava, antes, aprovar sua prestação de contas de 2024. Como Charles não ficou satisfeito com os balancetes, aprovados sem ressalvas pelo Conselho Fiscal, a auditoria foi convocada e as eleições suspensas, até o parecer conclusivo do trabalho da futura entidade que fará o levantamento de todas as informações contábeis e financeiras da AROM.

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