Coronavírus: Sindicato entra na Justiça para impedir que bancos e cooperativas tenham atendimento ao público
A crise global gerada com a disseminação desenfreada do novo coronavírus (COVID-19) obrigou governos de vários países a fecharem suas fronteiras e a instituírem o regime de quarentena, a fim de impedir que mais pessoas sejam contaminadas. No Brasil medidas estão sendo tomadas em todos os segmentos (esportivos, recreativos, culturais e profissionais em todas as áreas) pelas autoridades ligadas à saúde pública.
E assim como já vem cobrando o Comando Nacional dos Bancários junto à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro (SEEB-RO) também iniciou uma série de medidas para assegurar a saúde de todos os bancários e trabalhadores das cooperativas de crédito do Estado, bem como de clientes e usuários que necessitam dos serviços deste segmento econômico.
Uma dessas iniciativas foi um ofício enviado ao governador Marcos Rocha (PSL), solicitando que as agências bancárias e cooperativas de crédito também sejam incluídas no decreto 24.871 publicado na segunda-feira, 13, que decreta estado de emergência no Estado e, entre outras coisas, estabelece normas sobre o trabalho remoto, entre outras medidas para evitar que o coronavírus chegue ao estado.
“É uma crise que atinge a todos, em todos os lugares, sem distinção, e como os bancos e cooperativas de crédito são unidades que naturalmente apresentam aglomeração de pessoas, entendemos que também devem ser incluídas neste decreto para a proteção dos trabalhadores e de todos os que tem acesso a esses estabelecimentos. Por isso estamos solicitando que o atendimento ao público seja imediatamente suspenso, pois é, sobretudo, um caso de saúde pública”, explica José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.
O Sindicato também ingressou, nesta terça-feira, 17/3, com uma ação coletiva junto à Justiça do Trabalho para que seja determinada a suspensão do atendimento ao público (somente em casos excepcionais), e os trabalhadores realizem seus trabalhos através de teleatendimento ou home-office, para que não haja qualquer contato com o público.
Bancos como o Santander e o Bradesco anunciaram que tomarão medidas para evitar a propagação do vírus. A principal delas é afastar imediatamente do trabalho, em departamentos e agências, os funcionários mais vulneráveis.
Veja abaixo algumas das reivindicações do Sindicato aos bancos, para garantir a segurança de trabalhadores, clientes e usuários de bancos e cooperativas de crédito em Rondônia:
* Adoção do teletrabalho e, nos casos em que isso não for possível, a antecipação das férias;
* Controle de acesso às agências, para que não haja aglomerações;
* Suspensão temporária das atividades de agências em áreas de risco, como aeroportos e hospitais;
* Reforço nos procedimentos de limpeza dos locais de trabalho;
* Adoção de quarentena para bancários que voltarem de viagem ao exterior;
* Retirada dos bancários do serviço no autotendimento;
* Antecipação da campanha de vacinação da gripe, como forma de facilitar a identificação dos casos de coronavírus.
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