Rondônia, 17 de março de 2025
Geral

CRF busca ampliar número de doadores de medula óssea em Rondônia em parceria com o Invida

A preocupação com as medidas do Ministério da Saúde, que alterou de 55 para 35 anos a idade máxima para o cadastro de Doadores de Medula Óssea no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e limitou em 150 mil o número de cadastros anuais no País, que era de 400 mil, foi destacada durante a live no canal Youtube realizada pelo Conselho Regional de Farmácia de Rondônia (CRF-RO) em parceria com o Instituto Nacional de Apoio à Vida (Invida) com a proposta de incentivar Farmacêuticos, acadêmicos de Farmácia e Técnicos de Laboratório ao cadastro voluntário de doador. Com a definição do limite de novos cadastros anuais por Estado, em Rondônia, por exemplo, cairá de 6 mil para 3 mil o número de doadores.

O presidente do CRF-RO, Rogelio Barros; e o vice Enéias Rocha explicaram que a parceria com o Invida, presidido pelo também Farmacêutico Lindberg Oliveira, é uma forma de mostrar para os profissionais que além da função de fiscalizar o Conselho também pode exercer papel importante para minimizar impactos sociais, enquanto os acadêmicos entendem seu papel como futuros profissionais da saúde junto à comunidade. Os diretores lembraram que em 2020 parceria foi firmada entre o CRF e a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron) para incentivar a doação de sangue, um outro problema que tem a falta de conscientização da população como um dos principais desafios.

Ao sanar dúvidas dos participantes, Lindberg lembrou que o cadastro é nacional, mas a doação pode ser feita para outros Países quanto há compatibilidade. Segundo ele, mais de 20 pessoas em Rondônia já fizeram doações nacionais e outra 8 para estrangeiros. Assim como também já houve pacientes de Rondônia que receberam medula de doadores de pessoas da Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. “Compatibilidade não tem cor e nem classe social”, disse, citando o exemplo de um fuzileiro naval do Rio de Janeiro, de cor negra, que fez a doação para um garoto de Santa Catarina, com olhos azuis.

Confirmada a compatibilidade, o doador é encaminhado a um centro de transplante para realização de exames. Se o paciente for estrangeiro, apenas o material (5ml) é coletado e transportado.

Apesar do limite da idade de 18 a 35 anos, crianças também podem doar, desde que seja para irmão ou outro parente, e com autorização dos pais. Dados do Redoma apontam que há 5,430 milhões de pessoas cadastradas, mas este número, na opinião dos especialistas, não é real, pois muitos podem não atender mais aos critérios e outros já terem morrido.

Papel do Farmacêutico

Na Resolução nº 673, de 18 de setembro de 2019, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) estabelece as atribuições e competências do Farmacêutico em serviços de hemoterapia e/ou bancos de sangue. Além da manipulação dos quimioterápicos, onde é realizada com técnica asséptica, garantindo a segurança e qualidade da medicação, o Farmacêutico tem papel fundamental na avaliação do paciente junto a equipe multiprofissional antes do transplante. Após o procedimento, deve ser elaborado pelo Farmacêutico Clínico um plano de cuidado do paciente, verificando se tem dificuldade de ingestão de medicamentos orais, verificando os medicamentos em uso quanto à quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade e suas interações.

Em função de outros compromissos o ex-deputado Beto Albuquerque, presidente do Instituto Pietro, não pode participar da live. Em vídeo ele relatou sua trajetória desde 2007 quando o filho de 17 anos foi diagnosticado com leucemia, doença que atinge mais de 12.500 pessoas por ano no Brasil. Mesmo após a morte de Pietro, Beto seguiu mobilizando o País por doações, inclusive criou a Lei Pietro, que designa de 14 a 21 de dezembro a “Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea”.

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