Crise na coleta de lixo se arrasta e população de Porto Velho continua convivendo com lixo na porta de casa
Mesmo após multas, denúncias de vereadores e promessa de romper contrato, emergencial segue sem solução prática; moradores relatam abandono e riscos à saúde.

A crise na coleta de resíduos sólidos em Porto Velho continua produzindo vítimas no dia a dia da população. Em diversos bairros da capital, o lixo segue acumulado nas portas das casas, sem recolhimento regular, expondo moradores a riscos iminentes à saúde pública.
Com o período de chuvas mais intensas, a situação se agrava. Sacos de lixo deixados nas calçadas acumulam água, criando ambiente propício para a proliferação do mosquito da dengue, além de atrair ratos, baratas e outros vetores de doenças. O mau cheiro e a sensação de abandono passaram a fazer parte da rotina de famílias inteiras.
No bairro Cristal do Calama, a coleta tem sido descrita por moradores como completamente irregular. O lixo permanece dias sem recolhimento, acumulando-se em frente às residências. “Agora a gente reza para o caminhão de coleta passar. Não aguentamos mais o cheiro de restos que ficam na lixeira. Não merecemos essa sujeira na nossa porta”, relata uma moradora da região.
Apesar de sucessivas notificações e penalidades aplicadas pela Agência Reguladora de Porto Velho, que somam mais de R$ 750 mil, mais multa de R$5 mil dia, que é nada para quem vai receber sem prestar serviço. A empresa responsável pela coleta, a EcoPVH, não conseguiu restabelecer a regularidade do serviço. As falhas persistem mesmo após advertências formais e cobranças públicas do poder municipal.
A situação tem sido alvo de denúncias constantes por parte de vereadores. Parlamentares vêm registrando, em sessões e reuniões com moradores, relatos de acúmulo de lixo, atrasos recorrentes e ausência de resposta efetiva da empresa. Em um dos episódios mais tensos, o vereador Dr. Santana chegou a discutir publicamente com funcionários da EcoPVH durante um encontro com a comunidade, evidenciando o grau de desgaste entre população, representantes políticos e a empresa contratada.
Diante do cenário de colapso prolongado, a Prefeitura de Porto Velho já ingressou com pedido de rompimento unilateral do contrato, aguardando o prazo legal para apresentação da defesa da EcoPVH. Enquanto isso, a administração municipal avalia alternativas para garantir a continuidade do serviço, como a abertura de uma nova licitação ou retorno, à título precário com a EcoRondônia, até uma solução definitiva do município.
Enquanto as decisões administrativas se arrastam, quem paga o preço da indefinição é a população. Sem uma solução concreta no horizonte, moradores seguem convivendo com lixo acumulado, riscos sanitários e a sensação de que a crise da coleta em Porto Velho permanece sem controle e sem prazo para acabar.
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