Rondônia, 23 de novembro de 2024
Geral

CRISE NA FIERO: DENIS BAÚ NEGA DOCUMENTOS AO CONSELHO FISCAL E DESDENHA DE SINDICATOS

As suspeitas de corrupção na Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) aumentaram nesta semana com a negativa do presidente interino Denis Baú em entregar documentos da prestação de contas dos meses de abril a dezembro de 2012. Nesse período, há fortes indícios de desvio de recursos através de pagamentos de produtos e prestação de serviços não entregues e não realizados à entidade. O Conselho Fiscal encaminhou dois ofícios ao dirigente da federação, mas este simplesmente não respondeu a nenhum dos comunicados. O Conselho de Representação, órgão diretivo formado por 19 sindicatos, foi acionado e notificou Denis Bau, que terá 10 dias para prestar os esclarecimentos.


Na entrevista ao jornal Estadão, Denis Baú, que enfrenta problemas em todos os seus empreendimentos comerciais – um deles até os mutuários tiveram que assumir o prédio para não perder o investimento -, afirmou que a raiz dos problemas envolvendo a Fiero é o financeiro. “O dinheiro é o motivo das maiores discórdias que ocorrem no mundo”, disse ele ao jornal. Na verdade, Denis ocultou o fato de que o Conselho de Representação está exigindo explicações plausíveis para as denuncias de desvio de recursos da Fiero e “apadrinhamento” de amigos do presidente. Um convênio firmado com a Suframa foi utilizado, conforme consta nos processos de investigação, para pagamento de horas voo de helicóptero, que nunca decolou de Porto Velho, mas a empresa contratada recebeu o cheque assinado por Denis Baú. “São essas explicações que ele não tem e prefere esconder a prestação de contas”, reafirma o dirigente sindical oposicionista.

Raiz dos problemas não é o financeiro, mas a falta de prestação de contas

Na entrevista ao jornal Estadão, Denis Baú, que enfrenta problemas em todos os seus empreendimentos comerciais – um deles até os mutuários tiveram que assumir o prédio para não perder o investimento -, afirmou que a raiz dos problemas envolvendo a Fiero é o financeiro. “O dinheiro é o motivo das maiores discórdias que ocorrem no mundo”, disse ele ao jornal. Na verdade, Denis ocultou o fato de que o Conselho de Representação está exigindo explicações plausíveis para as denuncias de desvio de recursos da Fiero e “apadrinhamento” de amigos do presidente. Um convênio firmado com a Suframa foi utilizado, conforme consta nos processos de investigação, para pagamento de horas voo de helicóptero, que nunca decolou de Porto Velho, mas a empresa contratada recebeu o cheque assinado por Denis Baú. “São essas explicações que ele não tem e prefere esconder a prestação de contas”, reafirma o dirigente sindical oposicionista.

Sindicatos são enxotados

Na última sexta-feira, 14 sindicatos com base na decisão da reunião do Conselho de Representação anulando as eleições fajutas que conduziu Denis Baú ao segundo mandato decidiram empossar a Junta Governativa na Fiero. Denis Baú trancou a sala de reuniões e enxotou todos os presidentes dos sindicatos e auto se proclamou presidente do segundo mandato, desobedecendo ao Estatuto da Fiero, que determina que a posse seja dada pelo colegiado dos sindicatos. Denis Baú permanece no cargo por força de liminar do juizado de primeiro grau, mas os 14 sindicatos estão impetrando recurso no Tribunal de Justiça para reaver a decisão. Denis Baú é presidente interino porque a qualquer momento pode ser destituído da Fiero.

Não há transparência

O dinheiro usado para sustentar a Fiero e suas casas – IEL, Sesi e Senai – é oriundo da arrecadação dos sindicatos junto aos seus empregados. A receita do sistema cresceu 518% por conta dos empreendimentos de Jirau e Santo Antônio. Os empregados das indústrias filiadas não tem acesso a nenhum dado de gastos com cursos de profissionalização, construção de novos empreendimentos, compra de uniformes, móveis planejados e material gráfico. Hoje, o poder público, a exemplo das prefeituras, câmaras, governos e a União são obrigadas a manter em portais da internet as receitas e as despesas correntes, o que não acontece com a Fiero, mesmo mantida a custa de milhares de trabalhadores em Rondônia.

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