Culpa de atrasos salariais é da ex-gestão compartilhada encabeçada pelo Sindur, diz presidente da Caerd
Os servidores da Companhia de Águas de Esgoto de Rondônia (Caerd) mantêm, pelo segundo dia consecutivo, a greve iniciada nesta terça-feira (7), em frente do Palácio do Governo de Rondônia, em Porto Velho. Eles cobram o pagamento dos salários atrasados.
Nesta quarta-feira (8), por meio de nota, a presidente do companhia, Iacira Azamor, se manifestou e disse que a culpa do atraso no salário dos servidores é resultado da gestão compartilhada que ocorreu até 2010, quando o Sindur, sindicato que representa a categoria, era o responsável pela gestão.
O governo afirma ainda que a arrecadação caiu R$ 3 milhões com a perda de concessões no interior do estado e todos os recursos estão sendo direcionados para a folha de pagamento.
Confira a nota na íntegra:
Por força de desmandos cometidos pela Gestão Compartilhada, até 2010, quando o Sindur era responsável pela gestão da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), a Companhia perdeu a concessão dos municípios de Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Ariquemes, reduzindo portanto sua arrecadação que era de R$ 12 milhões para R$ 9 milhões, no entanto, a folha, já inchada, atingiu o patamar de mais de noventa por cento da arrecadação.
Em que pese esses entraves, a Companhia vinha se arrastando e quitando os salários, inclusive com antecipação, no entanto, em dezembro de 2016 os empregados que tinham sido transpostos retornaram para os quadros da Companhia, aumentando em quase R$ 1 milhão a folha, comprometendo mais ainda o poder dessa fazer frente aos seus compromissos.
Aliado a isso tudo, o Sindur através da justiça efetua bloqueios constantes, além da fazenda nacional, de valores que o Sindur não pagou relativo a salários na sua gestão e encargos sociais, o que compromete mais ainda os cofres da Companhia.
Todos os recursos arrecadados pela Companhia diariamente são direcionados para pagar fornecedores e serviços visando a manutenção dos sistemas e folha.
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