Dançarina denuncia caso de racismo por policiais federais no aeroporto de Porto Velho
A bailarina Marcelly Batista, denunciou um caso de racismo, que teria sido cometido por policiais federais no aeroporto Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho. A denúncia foi feita através de uma transmissão ao vivo pelas redes sociais no último sábado (29). O órgão diz que apura o caso.
Marcelly é dançarina e faz parte da equipe da cantora MC Mirella e já participou do elenco da banda Psirico e também do Programa do Faustão.
Segundo narrativa dela no Instagram, tudo começou quando estava na sala de embarque do aeroporto, aguardando para entrar na aeronave com destino à Cuiabá (MT).
“Eu estava sentada e do nada o pessoal da Polícia Federal me parou e me levou para a sala deles sozinha e revistaram minha bolsa. Eles pediram para eu tirar minha trança, do nada”, disse.
A mulher afirmou ainda que os agentes da PF também pediram para que ela desbloqueasse o celular e vistoriaram o aparelho sem nenhum mandado judicial.
“Eu na inocência, porque nunca fui abordada, dei a minha senha. Ela (policial federal) viu a mensagem do meu namorado, viu mensagens no grupo, ela olhou várias mensagens nada a ver, pra ver se eu estava fazendo alguma coisa”, relatou.
Ainda de acordo com a vítima, ela já tinha passado pelo scanner corporal, quando foi abordada. Logo após o episódio, colegas de trabalho de Marcelly também foram revistados, segundo relatou a mesma nas redes sociais.
“Eles me fizeram ir lá fora e perguntaram sobre o pessoal que estava comigo e eu disse onde eles estavam e aí revistaram as coisas de todo mundo”.
PF diz que investiga
Em nota, a Polícia Federal se manifestou sobre o caso e disse que já abriu um procedimento sigiloso para apurar se houve algum crime.
Veja a nota:
“Policiais Federais realizaram, entre os dias 26 e 29 de abril, no aeroporto internacional de Rondônia, atividade de fiscalização aeroportuária de rotina, visando reprimir o tráfico ilegal de drogas e armas.
Houve entrevista a alguns passageiros, onde todos os protocolos de abordagem foram devidamente respeitados pelos policiais, inclusive, havia uma policial feminina integrando a equipe.
Os policiais federais, durante toda a atividade de fiscalização aeroportuária, desempenharam suas funções em estrita obediência aos ditames constitucionais e legais, inexistindo qualquer espécie de abuso.
De toda sorte, foi instaurado um procedimento sigiloso, a fim de perquirir a existência de eventual ilícito penal e/ou administrativo perpetrado por algum dos policiais federais, durante as fiscalizações no aeroporto internacional de Rondônia”.
Veja Também
Trabalhadores avulsos do Porto de Porto Velho recebem mais uma remessa de cestas básicas do governo
Para proteger a primeira infância, MPRO adere à "Campanha Primeiros Passos"