Rondônia, 23 de novembro de 2024
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De férias em Rondônia, lateral-direito Elsinho fala de crescimento e diz que continua no Japão

Após dois anos no Japão e ainda sem planos de retornar ao Brasil, o jogador Elsinho, aos 27 anos, acumula vitórias no Oriente. De férias com a família em Porto Velho, ele fala de expectativas para este ano, avalia seu próprio crescimento profissional e a estagnação do futebol rondoniense.


Dono de uma direita impecável no Kawasaki Frontale, Elsinho ficou entre os melhores jogadores do campeonato japonês em 2016, ano em que o time teve a melhor campanha da história. “É um estilo diferente, mas que me adaptei muito fácil. Esse foi o melhor ano da minha carreira no Japão e também do time. Pela primeira vez conseguimos chegar a final da Copa do Imperador e agora, em 2017, vamos disputar a Copa da Ásia”, diz.

Para ele, umas das principais diferenças está no calendário do futebol japonês, que não sobrecarrega os jogadores com várias partidas, ajudando, inclusive, a evitar lesões. A distância entre as cidades também são menores do oriente, sendo a maioria das viagens feitas em trens balas, ao contrário do Brasil.

Nascido em Porto Velho, revelado pelo Genus, com passagens pelo Figueirense, Vasco e América-MG, o lateral-direito percebe sua evolução em campo faz plano de permanência do Kawasaki, principalmente por conta da estrutura e segurança. “Nós vemos que no Brasil, muitos clubes atrasam salário, falta segurança, tanto pra população quanto para os jogadores, e lá o clube tem toda a estrutura, mantém os salários em dia, independente de vitória ou derrota, a torcida sempre apoiando também. Isso conta muito”, avalia o jogador.

Futebol em Rondônia
Da base do Urso de Rondônia, Elsinho acredita que em Porto Velho e também no interior o estado há muitos jovens com potencial para despontar no mundo da bola, mas a falta de estrutura e investimentos atrapalham que sonhos sejam realizados. Sobre a atuação do time sub-20 na Copinha, ele é enfático ao dizer que os garotos fizeram o melhor. “Se a gente observar, Porto Velho parece meio que parou no tempo. Não tem um estádio de futebol, falta estrutura para que o futebol evolua. Tenho certeza que os meninos tentaram fazer a melhor atuação e deram o melhor. Mas eles precisam de apoio e incentivo, inclusive do governo, para poder evoluir”.

Para fechar a temporada em Rondônia, Elsinho marca presença neste fim de semana de um campeonato de futebol de base que leva o próprio nome do jogador. A competição é organizada pelo pai do jogador, Eudes Souza, onde o filho deu os primeiros passos com a bola, no Bairro Ipanema.


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