Rondônia, 15 de dezembro de 2025
Geral

Decisão judicial tenta intimar médicos sob pena de prisão

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) entrou com representação, no Conselho Nacional de Justiça (CNS), contra decisão judicial que obriga médicos da rede particular a atender diariamente no serviço público de Cacoal, terceiro maior município do estado. A denúncia também foi entregue ao Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJ-RO).



Outro problema apontado pelo Conselho é que, com o reflexo da decisão, os pacientes da rede do hospital privado foram prejudicados. O CRM ainda denunciou que nenhum gestor municipal foi responsabilizado pelo ocorrido.

Em sua exposição, o CRM enfatiza que nos termos da Constituição Federal, ninguém é obrigado "a fazer ou deixar de fazer nada" senão em virtude de lei. "A decisão expandiu seus efeitos de forma irregular para médicos que não possuem qualquer ligação funcional ou de subserviência com a administração pública", denunciou a presidente do Cremero, Maria do Carmo Demasi Wanssa, que completou: "a falta de médicos na região é proveniente a incapacidade administrativa municipal".

Outro problema apontado pelo Conselho é que, com o reflexo da decisão, os pacientes da rede do hospital privado foram prejudicados. O CRM ainda denunciou que nenhum gestor municipal foi responsabilizado pelo ocorrido.

Para o diretor do CFM e representante de Rondônia, José Hiran Gallo, a decisão judicial é inadmissível. "O caos da saúde pública daquela região é conhecida pelas autoridades. Na última fiscalização do CRM, há um mês, detectamos problemas sérios na estrutura. Ali não é possível fazer Medicina de qualidade. Como obrigar os médicos a prestarem atendimento?", questiona.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Caerd participa de mutirão de negociação e anuncia descontos de até 95%

Refis 2026 em Porto Velho começa em janeiro e oferece até 100% de desconto em multas e juros

Homenagem marca trabalho do MPRO na defesa de áreas ambientais durante operação Aruanã

Crise na coleta de lixo se arrasta e população de Porto Velho continua convivendo com lixo na porta de casa