Defesa Civil começa a visitar moradores em áreas com risco de alagamento em Porto Velho
Com o início do período chuvoso, a Defesa Civil de Porto Velho já planeja o mapeamento das áreas de risco existente na cidade. O trabalho começa a ser feito na próxima quarta-feira (29) e vai passar por vários bairros. Pelo menos 900 famílias, que vivem em áreas com risco de alagamentos ou deslizamentos, serão visitadas. O nível do Rio Madeira ainda está dentro da normalidade para esta época do ano, 6,62 metros.
Os bairros Triângulo, Balsa, São Sebastião I e II, Nacional, Vila Candelária, Beco do Birro e o Beco do Gravatal serão os primeiros a receberam a visita da equipe da Defesa Civil. O Baixo Madeira também receberá a visita da equipe, partindo da região ribeirinha do Belmont até o distrito de Nazaré. O mapeamento e monitoramento devem seguir até janeiro de 2018.
De acordo com o diretor da Defesa Civil, Marcelo Santos, o levantamento vai começar por esses bairros porque são os primeiros a sofrer os impactos da cheia do rio. “Nós vamos iniciar os trabalhos para a pré-cheia de 2018, porque estamos entrando em um período chuvoso que requer mais atenção da Defesa Civil. Agora, nós iremos elaborar o plano de contingência, que será apresentado em dezembro que prever ações e evitar, ou minimizar, um possível desastre natural. Todos os anos nós temos problema de enchente, mas não sabemos a proporção que ela vem, então temos que estar preparados”, explica Marcelo.
O diretor destaca que todos os moradores receberão a visita da Defesa Civil, principalmente aqueles que já foram retirados de suas residências e retornaram. “Esse trabalho de conscientização e identificação das famílias que estão em áreas de risco é anual. Sabemos que tem famílias que já foram retiradas, mas acabaram voltando. Nós vamos identificar esses moradores que estão em áreas de risco e oferecer o apoio pra que eles saiam de lá com segurança. Nosso trabalho é resguardar vidas e é isso que vamos fazer a partir da semana que vem com as nossas equipes nessas áreas”, destaca.
Em 2016, vários bairros apresentaram problemas, como a Estrada do Belmont. Desde então, foram feitas apenas medidas paliativas para evitar que os moradores ficassem isolados. No entanto, outras medidas devem ser adotadas. “Na Estrada do Belmont nada foi feito até agora, mas a Defesa Civil identificou a vulnerabilidade da estrada, onde existe uma erosão de terras, fez um laudo, encaminhou para o DER e já está providenciando uma tratativa para realizar um serviço. Isso para que a erosão não venha atingir a estrada, e nós vamos continuar monitorando a área”, garante Marcelo.
Outra área bastante atingida foi o Ramal Maravilha. “Lá é uma área de proteção ambiental e é preciso fazer uma barra de contensão para evitar uma possível erosão que se encontra no local aumente. Os órgãos competentes já foram informados e as providencias já estão sendo tomadas para resolver o problema. Nós estamos visitando os locais constantemente e se surgir um risco maior, as famílias serão retiradas”, afirma.
No bairro Triângulo, o problema de erosão apresentado no ano passado ainda continua. “Em visita ao bairro, nós percebemos que há um avanço na erosão e tem que ser feito uma contenção para diminuir esse avanço e isso também já está sendo estudado. As famílias que residem nessas áreas de risco vão ter que sair dessas áreas para evitar um desastre”, finaliza o diretor.
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