Defesa Civil diz estar preparada para cheia e alerta sobre situação da Estrada do Belmont
Com o Plano de Contingência apresentado aos demais órgãos municipais e estaduais responsáveis e envolvidos com a possibilidade de enchente em Porto Velho, o diretor da Defesa Civil Municipal, Marcelo Santos, diz estar trabalhando com a margem de risco de cheia do Rio Madeira prevista pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), de até 15,33 metros. O plano prepara ainda as equipes para uma situação emergencial, quando o nível alcança 16 metros ou mais e várias áreas da cidade podem ser interditadas.
“Em 2014 fomos pegos de surpresa porque não existia plano. Agora, com o plano anual temos as tarefas e atribuições definidas para cada organismo competente, a logística de recursos humanos e equipamentos necessários, tudo para atender e enfrentar o problema, inclusive com rotas alternativas para as área de possível isolamento”, explica Santos.
O Rio Madeira, que recentemente chegou à marca de 15,05 metros, levando à prefeitura a decretar estado de alerta, recuou nos últimos dias e voltou a tomar volume desde esta segunda-feira, chegando nesta terça a 14,65. “Até o final deste mês tudo ainda pode acontecer”, acrescenta Marcelo Santos.
Segundo o diretor do DCM, todas as áreas de risco já foram visitadas e alertadas sobre a possibilidade de enchente em suas residências. “O problema aqui é muito grave. Praticamente todas as famílias que moravam na época da enchente de 2014 nas áreas de risco, foram indenizadas, exceto algumas que não aceitaram o valor oferecido para sair do local onde correm inclusive risco de vida. Algumas só esperam a entrega das moradias que deve acontecer no segundo semestre deste ano, o problema é que no lugar de quem saiu outras famílias já invadiram”.
Marcelo conta que há muita gente que aproveitou do momento de crise para invadir os locais já até condenados pela DCM. “Nos temos poder de polícia para tirá-los de lá, é só acionar uma viatura. Mas nós preferimos chegar com a assistência social, psicólogas, para tentar conscientizar essas pessoas, que não há que se indenizar gente que foi morar em área de risco sabendo que não devia estar ali, sabendo que o local é irregular, que não poderiam ter se instalado ali. Tem gente pagando aluguel para morar nos barracos de outros que já foram morar nas casas novas. A situação é muito complicada”, concluiu.
Estrada do Belmont
Para o diretor, o problema mais grave é na Estrada do Belmont, no Bairro Nacional, que dá acesso a empresas de abastecimento de combustível, inclusive para a capital, e veículos para Manaus. “Aquilo ali vai desabar. Está por muito pouco. Como é de responsabilidade do DER e do Dnit, já nos reunimos e orientamos os dois órgãos a trabalharem em uma contenção de pedras em toda a extensão do barranco, que já está sendo tomado pela erosão”.
Marcelo diz que se aquele trecho for interditado, e se for necessário assim será, o prejuízo será muito grande para a economia do estado. “Mas eles se comprometeram de, ao menos, tomar uma medida paliativa para evitar o pior”, revela. Quanto ao trecho do canal, próximo à Estrada do Canil, o diretor diz que já enviou a solicitação de providências para a Secretaria Municipal de Obras (Semob), e ainda sobre o trecho da Rua Rogério Weber, com trincas que ameaçam ceder a via. “O secretário Tiago Beber nos informou que as obras para esses trechos já estão em fase de licitação e que logo o problema deve começar a ser solucionado”, finaliza.
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