Defesa Civil diz que há riscos de novos deslizamentos no Bairro Triângulo e isola área
Pelo menos mais 170 metros de extensão ainda podem desabar às margens do Rio Madeira em Porto Velho, de acordo com a avaliação da Defesa Civil Municipal. Segundo o órgão, uma trinca continua se abrindo no solo e devido à erosão fluvial mais áreas podem ser atingidas. O desbarrancamento ocorrido no último sábado (13) já atingiu uma área de 120 metros, arrastou pelo menos 15 carretas, uma camionete, três motocicletas e atingiu a adutora da Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd). Várias fatores podem ter contribuído para o deslizamento.
Marcelo Silva, coordenador da Defesa Civil, explicou ao RONDONIAGORA que desde a enchente de 2014, em que vários bairros da região central e distritos da capital ficaram submersos, às margens do Madeira foram invadidas por sedimentos. “O Madeira é um novo ainda, em formação, e desde a cheia, aquela região está com a parte de cima arenosa e a de baixo argilosa, então, não tem aderência e isso tem provocados deslizamentos em todo o Baixo e Médio Madeira. Agora, a área continua perigosa, pois ainda há riscos de novos deslizamentos”, avalia o coordenador.
A Defesa Civil afirma que ainda não pode diagnosticar as causas do acidente, mas acredita que fatores como o sobrepeso no local, erosão fluvial, banzeiros causado pelas embarcações, a falta de aderência e até uma draga que garimpava bem embaixo de onde cedeu podem ter contribuído muito para o desbarrancamento. “Agora a empresa está preparando um plano de retirada das carretas e do material para nos apresentar. E estamos monitorando e já isolamos a área evitar novos acidentes, que podem ocorrer em breve. Todo dia há movimentação de terra e só está aumentando a trinca”, afirma Marcelo Santos.
O acidente ocorreu na tarde do último sábado e, nesta segunda-feira, a Caerd afirmou que os bairros da região central podem ficar sem abastecimento de água.
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