Descuido e falta de colete salva-vidas ainda faz vítimas em Rondônia, alerta Corpo de Bombeiros
Os casos de afogamento em Rondônia, que costumam ocorrer nesta época do ano, aumentam quando a população deixa de atentar-se aos riscos e as dicas de segurança. De janeiro até o momento, o Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO) já registrou cerca de 42 afogamentos, sendo a maioria na região do Vale do Jamari composta por nove municípios. Em 2018, no mesmo período foram registrados 37 afogamentos, a maioria na região de Rio Machado. Embora haja pouca diferença, quando se trata de vidas, esse número se torna preocupante.
De acordo com o capitão comandante do Grupamento de Busca e Salvamentos (GBS) do Corpo de Bombeiros Militar, Clivton Reis, a corporação tem trabalhado incansavelmente para diminuir os índices, através da conscientização em mídias, escolas, clubes, além de capacitações.
“Todo esse esforço tem trazido resultado, mas ainda perdemos vidas quando a vítima ou pessoas próximas deixam de se preocupar com os riscos, evitando o uso de colete salva-vidas, nadar após ingerir bebida alcoólica, ultrapassar as demarcações que indicam riscos, entre outras ações que resultam em perdas dolorosas”, alertou.
Segundo ele, cerca de 90% das vítimas são homens, e o que mais chama a atenção é que, na maioria dos casos, as vítimas sabiam nadar, e acabaram se afogando por descuidos.
“O homem se expõe mais ao risco do que as mulheres. Recentemente, uma vítima tentou atravessar o rio, após uma aposta com amigos, mas no meio do caminho, devido à força das águas, acabou se afogando. Só não virou estatística porque tínhamos equipes de salvamento próximas ao local”, destacou o comandante do GBS.
Ele alerta, ainda, sobre o desconhecimento da população sobre o direito de exigir a presença de guarda-vidas em locais como balneários, clubes, entre outros. A norma está descrita na Instrução Técnica nº 16 do CBM que prevê, no mínimo, a presença de dois guarda-vidas, estipulando pagamento de multas ao proprietário que descumprir a instrução técnica.
“Nós pedimos à população, antes de entrar na água, atenção e cuidado. Saber nadar não significa estar livre de qualquer incidente. É preciso sempre usar coletes salva-vidas, evitar bebidas alcoólicas, respeitar as delimitações de risco, placas de sinalização, e redobrar a atenção com as crianças. Obedecendo essas instruções, a diversão é garantida e o melhor: sem perdas”, ressaltou.
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