Rondônia, 18 de maio de 2024
Geral

Deslizamentos de terra continuam e Defesa Civil teme por explosão

As possibilidades de novo desbarrancamento à margem do Rio Madeira, na Rua Belizário Pena, Bairro Triângulo, em Porto Velho continuam, e a Defesa Civil Municipal (DCM) alerta aos “curiosos” que não visitem o local sob risco de sofrerem algum acidente com o constante movimento da terra no local. 

“Estão indo pessoas de outros bairros, inclusive da Zona Leste, para ver de perto o que aconteceu lá, mas isso atrapalha o nosso trabalho que é resguardar a população do risco que o lugar oferece. Nós pedimos que as pessoas não cheguem próximo àquela área”, disse o coordenador da DCM, Marcelo Teixeira. 

Segundo Teixeira, a trinca aberta em toda a área se movimentou ainda mais na manhã desta terça-feira (16), e por pouco um homem que estava no lugar foi vítima de novo acidente. “Ele estava exatamente no lugar que a terra desbarrancou segundo antes de acontecer o novo deslizamento, bem à margem dos trilhos da estrada de ferro”, revelou o coordenador.

Cinco casas instaladas à margem da estrada também já foram interditadas e as famílias notificadas na manhã desta terça, tendo um prazo de 10 dias para saírem das residências em área de risco iminente. 

Explosão

Marcelo Teixeira teme ainda que, com a exposição do material asfáltico às altas temperaturas dos últimos dias, e ainda a formação de gases no local onde 12 carretas ainda estão após o desbarrancamento que aconteceu no último sábado (13), que exista a possibilidade de acontecer uma explosão no local. “Não quero fazer terrorismo, e também não é uma informação oficialmente técnica, mas a situação no local é sim para ficar em alerta em relação a esse risco”, declarou.

A empresa que operava o transporte do material asfáltico no lugar onde o acidente aconteceu, ainda não entregou para a DCM o plano de contingência para a retirada das 12 carretas, três motos e uma camionete, além de um contêiner, que foram parcialmente soterrados com o deslizamento do barranco. 

“Eu dei um prazo até quinta-feira (18) para que eles nos entreguem esse plano, porque não podemos esperar muito mais tempo. Hoje tivemos reunião com o Ministério Público do Estado, que cobrou todos os órgãos ambientais responsáveis, pedindo celeridade na entrega de relatórios e do laudo que vai apontar a causa do incidente e decidir quem deve ser responsabilizado”, explicou o coordenador.

Dano Ambiental

Segundo Marcelo Teixeira, a empresa começou nesta terça-feira a bombear o material asfáltico (piche) que foi derramado no local durante o desbarrancamento. No sábado do acidente, uma barreira com bóias foi colocada na área para isolar o material e não vazar para o dentro do Rio Madeira.

Outra barreira, desta vez com pedras, está sendo colocada no mesmo lugar para conter o óleo e evitar a contaminação do rio. “Acontece que isso, incluindo a retirada das carretas, tem que ser feita com a máxima urgência, pois se vier uma chuva mais forte a contenção não vai segurar e o óleo vai escorrer para o Madeira”, finalizou. 

O Ministério Público Estadual, através das Promotorias do Meio Ambiente e do Urbanismo, deve se manifestar por nota que será encaminhada à imprensa expondo o posicionamento oficial do órgão.

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