Desmatamento: Rondônia perdeu, em 34 anos, área equivalente a 43 vezes a cidade de São Paulo
O estado de Rondônia tem a terceira maior taxa de desmatamento de toda a Amazônia Legal, desde o início da série histórica, em 1988. É o que revela o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados foram divulgados nesta semana.
O levantamento aponta que, em 34 anos, Rondônia já perdeu mais de 66 mil km² de área. Esse número é o equivalente a 43 vezes a cidade de São Paulo (1.521 km²) ou todo o estado da Paraíba (56.467 km²) junto com o Distrito Federal (5.760 km²).
Na análise de toda a Amazônia Legal, que compõem nove estados brasileiros, a taxa de Rondônia é a terceira maior, perdendo apenas para Pará e Mato Grosso.
Taxa de Desmatamento Acumulado – Amazônia Legal:
1° - Pará: 166.774,00 km² - (34.61%)
2° - Mato Grosso: 152.078,00 km² - (31.56%)
3° - Rondônia: 66.103,00 km² - (13.72%)
4° - Amazonas: 33.384,00 km² - (6.93%)
5° - Maranhão: 26.374,00 km² - (5.47%)
6° - Acre: 17.508,00 km² - (3.63%)
7° - Roraima: 9.188,00 km² - (1.91%)
8° - Tocantins: 8.790,00 km² - (1.82%)
9° - Amapá: 1.670,00 km² - (0.35%)
O levantamento, que já acontece há 34 anos, mostra que o ano com a maior taxa foi em 1995, quando o estado rondoniense perdeu 4.730 km² de área por desmatamento.
Desmatamento no governo Lula
Em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do Brasil pela primeira vez, o estado bateu o segundo recorde, foram 3,858 km² de desmatamento. Depois os números foram caindo e o então presidente encerrou o primeiro mandato, em 2006, tendo uma taxa de 2 mil km² de área desmatada, naquele ano.
No segundo mandato, a linha continuou decrescente e Rondônia atingiu, em 2009 e 2010, as menores taxas desde o início da série histórica, foram 482 km² e 435 km², respectivamente. O último dado colocou o estado em quinta posição no ranking da Amazônia Legal.
Últimos 4 anos
Desde 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro assumiu a gestão do país, até 2020, os números ultrapassaram a casa dos 1,2 mil km² de desmatamento.
Em 2021, no auge da pandemia, o salto foi gigantesco. O estado teve 1,6 km² de área desmatada. No ano seguinte, o número caiu, mas ainda assim foi alto, 1,4 km².
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