Rondônia, 06 de maio de 2024
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Despesas com servidores inativos cresce 22,8% em Rondônia, diz Ipea

O gasto com servidores inativos no Estado de Rondônia aumentou 22,8% em 2018, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados nesta semana. Já as despesas com servidores ativos subiram 3,5%. Os gastos com pessoal em 23 unidades da Federação tiveram um aumento real médio de 2,9% em 2018, na comparação com 2017, resultado quase três vezes superior ao crescimento de 1,1% do Produto Interno Bruto (soma de toda a riqueza produzida pelo Brasil) no ano passado.

Já no acumulado de 2014 a 2018, Rondônia reduziu em 3,1% o gasto com pessoal ativo, enquanto os inativos cresceram 16,4%. Nesse mesmo período, segundo análise do instituto, analisa que os dados refletem o “elevado ritmo de crescimento das novas aposentadorias verificado nos últimos anos – reflexo, em grande medida, do ciclo de contratações de servidores públicos ocorrido nos anos 1980 e nos anos 1990, até a renegociação das dívidas estaduais em 1997”. Outro ponto seria a não reposição de parte significativa dos postos de trabalho antes ocupados pelos recém-aposentados.

Ainda conforme o estudo, em 2017 Rondônia possuía 45.377 servidores estatutários, 6.485 inativos e 2.706 pensionistas. Já no ano seguinte, os estatutários caíram para 43.498, enquanto os inativos subiram para 7.500 e o pensionistas para mantiveram uma certa estabilidade, 2.757.

Como resultado, o Ipea aponta que Rondônia (22,8%) e Tocantins (17,1%) foram os estados que registraram maior crescimento nos gastos com inativos. Das 23 UFs analisadas, apenas Rio de Janeiro e Sergipe não apresentaram aumento em 2018. Considerando apenas servidores ativos, 14 estados tiveram crescimento nos gastos: lideram a lista Ceará (12,79%) e Pará (8,52%).

2018, ano eleitoral
Segundo o instituto, em anos eleitorais é esperado o aumento de gastos com pessoal, por conta da contratação de novos servidores e aumentos de salários. E a tradição se manteve na maioria dos estados.

Cláudio Hamilton dos Santos, um dos autores do estudo e pesquisador do Grupo de Conjuntura do Ipea, explica que, ao se considerar os números de servidores, o crescimento dos gastos com inativos não surpreende. “Esse cenário reflete o alto número de novas aposentadorias, fenômeno que já vem ocorrendo há alguns anos.” Chama mais a atenção, segundo Santos, o fato de vários estados terem apresentado elevações nos gastos com ativos, o que não vinha ocorrendo em anos recentes. “Talvez por ter sido um ano eleitoral, o fato é que vários estados apresentaram pequenos aumentos nos quadros de servidores estatutários em 2018.”

O estudo completo pode ser acessado aqui

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