Rondônia, 23 de novembro de 2024
Geral

Desvios comandados pelo prefeito de Vilhena são superiores a R$ 4 milhões, diz MP

O Procurador-Geral de Justiça de Rondônia, Airton Pedro Marin Filho, disse ao RONDONIAGORA na manhã desta quinta-feira que os desvios de recursos públicos em Vilhena detectados pela Operação Áugias são superiores a R$ 4 milhões. O esquema era comandado pelo próprio prefeito, José Luiz Rover, preso durante a manhã pela Polícia Federal em ação desencadeada pelo Ministério Público. Airton reafirmou que Rover era o líder da organização criminosa que desviou dinheiro das secretarias de Comunicação e de Obras, “mediante processos administrativos de reconhecimento de dívidas, nos quais empresas eram contratadas sem licitação.”


Além disso, a organização criminosa chefiada por José Luiz Rover cometeu outros crimes no município de Vilhena, que envolvem esquema fraudulento de aprovação e regularização de loteamentos, mediante pagamento de propinas a vereadores e ex-Secretários Municipais, dentre outros, sendo que até o momento 7 (sete) vereadores tiveram prisão preventiva decretada, dos quais 02 (dois) estão foragidos e 5 (cinco) foram presos. Na mesma fase, foi também decretado pela Justiça Estadual e cumprida a prisão preventiva do vice-prefeito.

Mais cedo, o MP explicou que constatou que o dinheiro desviado da Secretaria de Comunicação foi utilizado para pagar dívidas pessoais de publicidade e propaganda do prefeito, “inclusive servindo para pagamento de mesadas à imprensa local para manter sua imagem inabalada perante a sociedade vilhenense e também para fins de promoção pessoal. O refeito também foi responsável pela contratação direta, sem licitação, de empresa para a prestação de serviços de pavimentação asfáltica à Semosp, mediante reconhecimento de dívida no valor de mais de um R$ 1 milhão”.

Além disso, a organização criminosa chefiada por José Luiz Rover cometeu outros crimes no município de Vilhena, que envolvem esquema fraudulento de aprovação e regularização de loteamentos, mediante pagamento de propinas a vereadores e ex-Secretários Municipais, dentre outros, sendo que até o momento 7 (sete) vereadores tiveram prisão preventiva decretada, dos quais 02 (dois) estão foragidos e 5 (cinco) foram presos. Na mesma fase, foi também decretado pela Justiça Estadual e cumprida a prisão preventiva do vice-prefeito.

A organização criminosa, no período compreendido entre 2010 a 2016, praticou vários crimes, como falsidade ideológica, fraude à licitação, lavagem de capitais, corrupção passiva, crime de responsabilidade, entre outros, que tiveram a participação do Prefeito, ex-Secretários Municipais, servidores públicos e empresários.

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