Rondônia, 23 de dezembro de 2024
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Dia do Mototaxista: trabalhadores falam de conquistas e dos riscos da profissão

Poucas pessoas sabem, mas o dia 24 de setembro é considerado o Dia do Mototaxista em todo o Brasil. Sol intenso, chuva, perigo, trânsito. Esses são os desafios que os trabalhadores enfrentam para garantir o sustento para suas famílias. Para marcar a passagem da data, RONDONIAGORA conta a história de quatro trabalhadores. Conquistas, perigo, acidentes e prejuízos estão entre os relatos dos profissionais.

Edinho Malale Silva, de 26 anos, trabalha como mototaxista há cinco anos. Para ele, a profissão é motivo de orgulho porque foi através dela que conseguiu muitas conquistas. “Eu faturo em média R$ 1.500 por mês e com essa renda eu já consegui arrumar minha casa, comprei meu carro e uma motocicleta. No dia a dia, a gente enfrenta muitos perigos no trânsito e já fui vítima de uma imprudência que por pouco não perdi minha vida. Eu agradeço a Deus por ter esse emprego porque é daqui que tiro meu pão de cada dia e tenho muito orgulho de ser mototaxi”, diz Edinho.

Mas nem tudo são flores. Em mais de dez anos de profissão, Aldo Moura, de 45 anos, lembra que já levou muito calote e só não sofreu acidente porque andar com cautela. “Depois que regularizaram nossa profissão melhorou porque paramos de ser perseguidos, mas agora veio outra perturbação que é o Uber na cidade. Durante esse tempo de trabalho, eu já levei calote de clientes que não pagaram a corrida, quase me acidentei, mas como ando com muita cautela Deus me protege sempre”, diz o trabalhador que ressalta que o lucro do trabalho consegue “manter minha casa, as contas em dia e ainda sobra para me divertir com minha família”.

Em Porto Velho, o serviço de mototáxi foi regulamentado em 2010, após muita discussão sobre o assunto. Neste ano de 2017, a prefeitura tentou tabelar o preço da corrida, mas uma decisão judicial suspendeu a forma de cobranças. Com a entrada do Uber na capital, o valor da corrida caiu.

Para Joel Alves, de 43 anos, a maior conquista dos últimos 14 anos trabalhando como mototaxista foi ser conseguir a própria placa. “Hoje eu posso dizer que sou proprietário da minha própria moto e isso é motivo de muita alegria, sem dúvidas. Até porque é daqui que consegui dá um bom estudo para minhas filhas, porque elas merecem e todo pai que ver seu filho ser alguém na vida”, fala orgulhoso a aproveita para “parabenizar todos os amigos de profissão pelo nosso dia”, disse.

“Eu já tive várias profissões antes de me tornar mototaxista, porque hoje está difícil emprego e por ter minha família para sustentar eu comecei a trabalhar nessa área. Na rua o trânsito é muito perigoso e eu tomo muito cuidado principalmente quando estou com os passageiros na garupa. Minha rotina é muito puxada porque começo a trabalhar 5 horas e, às vezes, não dá tempo de ir almoçar com a família. Aos meus amigos de profissão eu quero desejar os parabéns pelo nosso dia e que Deus nos abençoe cada vez mais”, disse Paulo Cesar da Silva, de 41 anos, que está há três meses da profissão.

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