DNIT nacional transfere administração de Rondônia para o Amazonas após prisões por corrupção
Após as prisões de servidores e as graves acusações de corrupção na superintendência regional do DNIT em Rondônia, a cúpula da direção do órgão em Brasília decidiu direcionar para o Amazonas as competências de gestão da unidade local. As medidas administrativas de descentralização, como realização de licitações, ficaram suspensas. A decisão é assinada pelo diretor-geral Antônio Leite dos Santos Filho e publicada na edição desta terça-feira no Diário Oficial da União.
A medida extrema de centralizar as ações de direção no Amazonas foram explicadas pelo diretor-geral, citando as graves denúncias realizadas pela PF, MPF e CGU, além de que “referido problema vem causando transtornos na gestão administrativa da regional e no desenvolvimento de todas as atividades inerentes àquela Superintendência”.
As prisões e afastamentos de servidores foram determinadas pelo juiz Walisson Gonçalves Cunha, da 3ª Vara Criminal Federal, em ação que desencadeou a Operação Mão Dupla, na última quarta-feira. Foram acusados diretamente Cláudio André Neves (superintendente do órgão) e Emanuel Neri Piedade (analista em infraestrutura e fiscal de obras)., acusados de participarem de um esquema que envolvia a Empresa LCM Construção e Comércio, contratada para a realização de obras na BR-364.
O superintendente Cláudio André e Emanuel Neri tiveram as prisões revogadas na sexta-feira à noite, mas o juiz proibiu, no entanto, que eles se aproximem do prédio do DNIT e que mantenham contato com os demais envolvidos ou qualquer outro servidor do órgão.
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