Rondônia, 09 de outubro de 2024
Geral

Documentarista Eduardo Coutinho explora cotidano em “Edifício Master”

O aclamado documentário Edífico Master, de Eduardo Coutinho, é atração de hoje, às 20h no CineOca, no Sesc Esplanda. Durante sete dias a equipe do documentaria filmou o cotidiano dos moradores do Edifício situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Dos 37 moradores entrevistados o cineasta conseguiu extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.



Artigo de Felipe Bragança conclui que “O Edifício Master não sintetiza todos os prédios, todas as cidades, toda a classe média...ele se expande, ele se insinua, ele se esboça. Funciona como um rastro de identificações e divergências, que conseguem incluir o espectador num amplo jogo de vozes e vontades. Sem que seja preciso se sentir um igual. É através da diferença que o Edifício Master, em Copacabana, no Rio de Janeiro, se faz igual. Igual e completamente diferente (num mesmo movimento) de todos os outros edifícios que possamos imaginar. Uma lição de dramaturgia. Uma lição de cinema.”

Para Ana Paula Andrade entre os pontos que merecem destaque no documentário estãoo “a jovem mãe mineira que fala abertamente sobre sua profissão como prostistuta e lança um interessante debate com Coutinho sobre a mentira. Ou da senhora que falando “ francamente” conta da sua decepção com o marido. Ou do senhor que se diz tímido e tem medo de gaguejar, mas conta sua história de uma vez e ainda se emociona. Ou do brasileiro que cantou “ My Way” ao lado de Frank Sinatra ou da senhora que sonhava ser cantora. Ou da portuguesa que acredita no poder do trabalho.”

Artigo de Felipe Bragança conclui que “O Edifício Master não sintetiza todos os prédios, todas as cidades, toda a classe média...ele se expande, ele se insinua, ele se esboça. Funciona como um rastro de identificações e divergências, que conseguem incluir o espectador num amplo jogo de vozes e vontades. Sem que seja preciso se sentir um igual. É através da diferença que o Edifício Master, em Copacabana, no Rio de Janeiro, se faz igual. Igual e completamente diferente (num mesmo movimento) de todos os outros edifícios que possamos imaginar. Uma lição de dramaturgia. Uma lição de cinema.”

Sobre o Diretor

Eduardo Coutinho nasceu em São Paulo, em 1933. Estudou cinema no Institute des Hautes Études Cinématographiques (IDHEC), em Paris. Começou sua carreira na ficção. Nos anos 70, iniciou sua trajetória de documentarista ao dirigir uma série de programas para o Globo Repórter. Em 1984, concluiu Cabra Marcado pra Morrer, o documentário brasileiro mais premiado no exterior. Dirigiu também Santa Marta: Duas Semanas no Morro (1987), O Fio da Memória (1991), Boca do Lixo (1992), Os Romeiros do Padre Cícero (1994), Santo Forte (1999) e Babilônia 2000 (2000).

A obra de Eduardo Coutinho é marcada por transformações em espiral. Dos filmes ficcionais do início da carreira, passando pelas reportagens-cinematográficas do Globo Repórter e chegando à revolução conceitual de Cabra Marcado para Morrer, a carreira do cineasta é marcada por reformulações estéticas radicais, se desdobrando em uma série de postulados imagéticos cruciais para a revitalização do cinema brasileiro contemporâneo. Como num fluxo de pensamento em multicamadas, os filmes de Eduardo Coutinho se entrecruzam numa rede sistemática de métodos e posturas políticas, formando não apenas um conjunto de filmes, mas um verdadeiro tratado sobre a observação e construção do imaginário através da exposição dos discursos de seus personagens.

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