Rondônia, 25 de novembro de 2024
Geral

Eclipse solar na tarde deste sábado: veja as cidades de Rondônia com maior visibilidade

Se o tempo não estiver encoberto, moradores de Porto Velho verão o eclipse com visibilidade de 84%

Na tarde de 14 de outubro ocorrerá um eclipse solar anular, ou anelar, também conhecido como “anel de fogo”, que poderá ser observado numa faixa estreita do nosso país, em algumas cidades dos estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.  Das capitais, apenas em João Pessoa (PB) e Natal (RN) será possível observar o eclipse anular do Sol. As demais localidades do nosso país assistirão apenas a um eclipse parcial do Sol. Quanto mais próximo à faixa em que acontecerá o eclipse solar anular maior será o disco solar eclipsado. Em Manaus (AM) e Recife (PE), por exemplo, o eclipse do Sol será parcial, mas o disco do Sol ficará bastante obscurecido. 

Num eclipse solar a Lua – na fase nova – posiciona-se entre a Terra e o Sol produzindo uma sombra numa pequena faixa da superfície terrestre ao obstruir a passagem da luz solar. Isso só ocorre quando há um alinhamento (ou quase) entre a Terra, a Lua e o Sol. Na parte mais escura da sombra, a umbra, onde a luz solar é totalmente bloqueada, acontecem os eclipses solares totais e os eclipses solares anelares. Na sombra mais clara, a penumbra, onde a luz do Sol é parcialmente bloqueada, acontecem os eclipses solares parciais.

Por que acontece um eclipse solar anular e não um eclipse solar total? A trajetória da Lua ao redor da Terra não é um círculo, mas uma elipse com a Terra num dos focos.  O tamanho da Lua continua o mesmo, porém, quando está no perigeu, mais próxima ao nosso planeta, nós a vemos maior.  Quando um eclipse solar acontece com a Lua aparentemente maior, no perigeu, acontece um eclipse solar total, porque o disco da Lua consegue cobrir totalmente o disco do Sol possibilitando a observação da coroa solar. Quando acontece um eclipse solar com a Lua no apogeu, mais distante `da Terra, ela nos parece menor e não consegue cobrir totalmente o disco solar deixando a borda do Sol brilhando, o “anel de fogo”.

Um eclipse solar, tanto o total quanto o anular, é visível apenas numa estreita faixa do nosso planeta. Por isso é difícil observar esses eclipses. Porém, a fase parcial de um eclipse do Sol é vista numa área maior.

Quem quiser observar o eclipse anular do Sol no próximo dia 14 deve pesquisar as condições climáticas da região escolhida. Quem não for dos estados citados considere   observar o fenômeno em alguma cidade do Amazonas. Quanto mais a oeste estiver a localidade, mais fácil será observar o eclipse solar anular. 

Algumas cidades do Amazonas que poderão observar o “anel de fogo”: Tamandaré, Tefé, Marauá, Santa Luzia, entre outras.

No Pará: São Félix do Xingu, Sapucaia e outras.

Em Tocantins: Araguaína, Santa Fé do Araguaia e outras.

No Maranhão: Balsas, São João do Paraíso e outras.

No Piauí: Oiticica, São José do Peixe e outras.

No Ceará: Brejo Grande, Juazeiro do Norte  e outras.

No Rio Grande do Norte: Natal, Caicó e outras.

Em Pernambuco: Vila de Fátima, Santa Terezinha e outras.

Na Paraíba: João Pessoa, Campina Grande, Farinhas e outras.

Na impossibilidade de citar todos os locais em que o eclipse solar anular poderá ser observado, apenas algumas cidades foram citadas. Em Mato Grosso e Rondônia só o eclipse parcial do Sol poderá ser observado. Todas as localidades desses estados observarão o eclipse solar parcial, porém, só algumas são citadas.  Cidades de Mato Grosso mais ao norte, como Alta Floresta, Guarantã do Norte e Aripuanã, entre outras, observarão um maior escurecimento do disco solar durante o eclipse parcial, porque estão mais próximas à faixa onde será possível observar o “anel de fogo”.   

A faixa em que o “anel de fogo” é observado cruza o Amazonas, e várias cidades desse estado poderão observar o eclipse anular do Sol. Manaus “quase” consegue observar a anularidade: o disco do Sol ficará bastante obscurecido, mas o “anel de fogo” não ficará completo. Recife terá uma situação similar. 

Um eclipse solar anular começa com um eclipse parcial, depois, torna-se um “anel de fogo” que dura apenas alguns minutos. Após a anularidade há um outro eclipse parcial até o final do eclipse. Em algumas cidades do nordeste o Sol irá se por antes que o segundo eclipse parcial termine.

Tanto os horários dos eclipses do Sol quanto as figuras apresentadas neste texto foram obtidas utilizando o sítio timeanddate.com.  Abaixo estão descritos o início do eclipse do Sol -o primeiro parcial; o máximo do eclipse anular – ou do parcial, quando não houver eclipse anular, e, o fim do eclipse solar. A última informação é o valor da magnitude do eclipse solar multiplicado por 100. A magnitude de um eclipse é a fração do diâmetro do disco do Sol que fica coberto pela Lua. Fornece uma ideia do escurecimento do Sol. Porém, há quem prefira usar a fração da área do Sol que é coberta pelo disco da Lua; chamam essa fração de “obscurecimento”. Os valores são ligeiramente diferentes, mas ambos fornecem uma informação de quanto o Sol ficará eclipsado.

Algumas  cidades de Mato Grosso: Eclipse Parcial do Sol

Cidade

Início

Máximo

Fim

Magx100

Cuiabá

14h12

15h38

16h52

70,3

Água Boa (horário local)

15h16

16h41

17h54

76,0

Alta Floresta

14h01

15h34

16h51

86,4

Aripuanã

13h51

15h26

16h48

85,8

Guarantã do Norte

14h03

15h34

16h52

87,1

Juína

13h59

15h31

16h51

80,8

Rondonópolis

14h16

15h40

16h53

        68,3

Sinop

14h06

15h36

16h52

81,1

Algumas  cidades  de Rondônia : Eclipse Parcial  do  Sol

Cidade

Início

Máximo

Fim

Magx100

Porto Velho

13h43

15h21

16h45

84,4

Guajará-Mirim

13h48

15h24

16h46

77,8

Ji-Paraná

13h52

15h26

16:48

80,4

Vilhena

13h59

15h31

16h50

76,4

Algumas  cidades  do Amazonas  (Manaus: eclipse parcial; as outras, “anel de fogo”)

Cidade

Início

Máximo

Fim

Magx100

Manaus

13h40

15h19

16h43

92,8

Tamandaré

13h16

15h01

16h33

96,6

Marauá

13h26

15h09

16h38

97,0

Tefé

13h29

15h11

16h40

97,4

Santa Luzia

13h45

15h22

16h46

96,9

Algumas cidades que poderão observar o “anel de fogo”:

Locais

Início

Máximo

Fim

Magx100

Pará

 

 

 

 

São Félix do Xingu

15h04

16h34

17h51

96,7

Parauapebas

15h06

16h35

17h51

96,6

Tocantins

 

 

 

 

Araguaína

15h12

16h39

17h52

96,0

Santa Fé do Araguaia

15h11

16h38

17h52

96,0

Maranhão

 

 

 

 

Balsas

15h16

16h41

17h57

95,3

São João do Paraíso

15h13

16h39

17h52

96,2

Paraíba

 

 

 

 

João Pessoa

15h31

16h46

17h13

94,9

Farinhas

15h28

16h45

17h22

95,6

Piauí

 

 

 

 

Bertolínia

15h20

16h42

17h49

95,0

São José do Peixe

15h21

16h43

17h44

95,3

Ceará

 

 

 

 

Juazeiro do Norte

15h26

16h45

17h30

95,7

Brejo Grande

15h25

16h44

17h32

95,7

Rio Grande do Norte

 

 

 

 

Natal

15h29

16h45

17h13

95,3

Caicó

15h27

16h45

17h21

96,7

Pernambuco

 

 

 

 

Vila de Fátima

15h28

16h46

17h23

94,9

Grosso

15h28

16h46

17h22

94,4

O próximo eclipse do Sol visível em alguma região do Brasil ocorrerá em 02 de outubro de 2024. Será um eclipse solar anular, mas, o Brasil só verá um eclipse solar parcial nas regiões mais ao sul. No Rio Grande do Sul será o melhor local para observar esse eclipse, porém, será visível em todos os estados do sul, e, com menor obscurecimento do disco solar, na região sudeste, e também, numa pequena região ao sul de Mato Grosso do Sul.

Em 06 de fevereiro de 2027 haverá um eclipse solar anular, que só será visível como anular numa minúscula região do Brasil, no extremo sul do Rio Grande do Sul, em localidades como Hermenegildo e Árvore Só. O resto do país poderá observar um eclipse parcial, exceto uma faixa no oeste do Amazonas onde esse eclipse não será visível. Nos estados mais a oeste, como Roraima, o obscurecimento do disco solar será mínimo, quase imperceptível.

Mas, em 26 de janeiro de 2028 a estreita faixa do eclipse anular do Sol passará novamente pelo Brasil cruzando os estados do Amazonas, Pará e Amapá. Mais uma vez, haverá um eclipse solar parcial no resto do país.

CUIDADO: De acordo com o que já escrevi anteriormente, “a observação de um eclipse do Sol sem um filtro solar apropriado pode queimar a retina e causar cegueira, ou, a destruição do campo visual. Quem não tiver um equipamento adequado não deve observar o fenômeno! Jamais use telescópios, binóculos e máquinas fotográficas sem um filtro solar para a observação de qualquer evento relacionado ao Sol.

Uma outra opção para a observação direta do disco solar – citada por vários sítios de divulgação de Astronomia – é a utilização de um vidro de máscara soldadora número 14, no mínimo. Mas, mesmo com um equipamento apropriado, não se deve observar o Sol por mais de 15 segundos por vez e é necessário intercalar mais de um minuto entre as observações.”

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