EM CUJUBIM, ESCOLA QUE ABRIGAVA ATINGIDOS PELA ENCHENTE FICOU DEBAIXO D’ÁGUA

As vinte e duas famílias desabrigadas pela cheia na comunidade de Cujubim Grande, no Baixo Madeira, sofreram duas vezes as consequências da enchente. Oito famílias que estavam na escola estadual Raimundo Silva, tiveram que abandonar o local ás pressas depois que as salas ficaram alagadas durante a madrugada da última segunda-feira (17).

A principal rua de acesso entre a comunidade e a estrada que liga a Porto Velho virou um rio, e os moradores usam pequenas embarcações para fazer o transporte dos pertences dos desabrigados.

Seis famílias foram removidas para a escola municipal Deigmar Morais de Sousa, onde o não letivo iria começar no próximo dia 20. Lá está abrigado o agricultor Berto Brito Tomáz, que reside a vinte e seis anos na região. Ele contou que nunca havia enfrentando uma enchente tão grande e que por causa da cheia sofreu prejuízos na lavoura e não perda de documentos importantes de uma associação rural que preside. “A água subiu tão rápido que atingiu o guarda roupa onde eu guardava os documentos da nossa associação rural. Tinha documentos que a gente ia apresentar no banco para pedir o empréstimo, mas tudo se perdeu. Ainda não sei o que vou fazer, porque agora tô mais preocupado é com minha família”, disse o trabalhador.

Em Cujubim, desde a semana, a comunidade aguarda a chegada de uma equipe da Defesa Civil para cadastrar as famílias e iniciar o trabalho de apoio aos desabrigados.