Empresas terceirizadas ameaçam paralisar atividades por falta de repasses
Em reunião realizada nesta terça-feira (25) pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Terceirizados e Limpeza (SINTELPES) com funcionários da empresa Amazonfort, que são agentes de coleta de resíduos hospitalares no Hospital de Base,
que estão em estado de greve por causa de atrasos de salários e benefícios, os trabalhadores culparam o constante atraso no repasse do Governo às empresas.
Durante a reunião, os dirigentes do sindicato e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ouviram reclamações e reivindicações dos funcionários da Amazonfort, que estão com o salário de fevereiro e o retroativo do Convenção Coletiva 2014, de 14,28% sobre o vale alimentação de janeiro atrasados. Os funcionários exigiram como condição para não decretação imediata de greve, que a empresa assumisse o compromisso de quitar os atrasados até a próxima quinta-feira (27) e que não haja atrasos no pagamento do vale alimentação de março, que deve ser pago até o dia 30; bem como, do salário de março que deve ser pago até o 5º dia útil de abril (08/04).
O SINTELPES relatou que o governo alega que as empresas teriam que ter capital de giro para suportar até três meses de atrasos; ou seja, reconhece que está em débito mas diz que a culpa dos atrasos seria das empresas. As empresas alegam não haver nenhuma previsão no processo licitatório ou nos contratos firmados para esse tipo de atrasos. Para o sindicato a postura do governa caracteriza um calote, que acaba prejudicando os trabalhadores. Durante a reunião o sindicato recebeu um ofício da Amazonfort se comprometendo a pagar os atrasados até o dia 27; com isso, os trabalhadores decidiram suspender a paralisação, decretar estado de greve e aprovaram greve a partir de sexta-feira (28) se houver descumprimento do acordo.
O Sindicato relata que o problema é muito grave e afeta outras empresas terceirizadas, sendo que atualmente outras duas empresas também estão com salários atrasados. O Sintelpes, com o apoio da CUT, pretende realizar uma ampla campanha envolvendo ao mesmo tempo todas as empresas do setor, com o objetivo de pressionar o governo a não atrasar os repasses, que causa os atrasos de salários e benefícios. Para o presidente da CUT, Itamar Ferreira, "a postura do governo é lamentável, pois os trabalhadores têm que manter suas famílias, pagar seus compromissos e seus credores não querem saber de quem é a culpa, se é do governo ou das empresas".
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