Endividamento de Porto Velho cai mais em maio
Enquanto o endividamento da capital cai -3,7%, as dívidas ou contas em atraso das famílias apresentam uma elevação de mais de 1/3 apontando para dificuldades de pagamento das contas
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), de Porto Velho, feita pela Fecomércio Rondônia, feita com a CNC-Confederação Nacional do Comércio, revela que o endividamento das famílias de Porto Velho teve, no mes de maiol, mais uma pequena queda de -0,8%, caindo de 59,8%, em abril, para 59,3% das famílias em maio. As dívidas e contas em atraso subiram 5,8%, em maio, aumentando dos 13,9% de abril para 14,7% em maio. As famílias que não terão capacidade de pagar suas contas também subiram de 3,7%, em abril, para 4% em maio, ou seja, aumentaram em 8,1%.
Entre as famílias em atraso predominam as contas atrasadas com tempo acima de 90 dias que caíram dos 59,4% de abril para 55,2% em maio; já as contas que possuem atraso de até 30 dias subiram de 23,8%, em abril, para 25,8% em maio. As famílias com atraso entre 30 e 90 dias também subiram dos 16,8%, em abril, para 18,9% em maior e o tempo médio de atraso caiu de 67,1 dias, em abril, para 65 dias em maio. O nível de comprometimento das rendas das famílias, em maio, teve a predominância das famílias com as rendas comprometidas por até 3 meses com 35,6%, seguido das famílias comprometidas por mais de um ano com 28,2%. Depois vieram as famílias com as rendas comprometidas entre 3 e 6 meses que foram 19, % e, por fim, as famílias com a renda comprometida entre 6 meses e um ano que são 17,1% das famílias. O tempo médio de comprometimento da renda permaneceu em 6,3 meses.
Os cartões de crédito (54,5%) lideram como a principal fonte de maior endividamento das famílias seguidas dos carnês, com 47,7%. Em seguida aparece o crédito consignado (8,4%), o financiamento de carros, 7,8% e o crédito pessoal (6,7%). Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araujo Coelho, Considerando o atual momento econômico a pesquisa mostra que as famílias estão procurando ter um maior controle do seu orçamento diante da incerteza da conjuntura econômica. Para o Departamento Econômico da Fecomércio ainda que as contas em atraso e as famílias que não tenham condições de pagar tenham crescido levemente, o que a pesquisa demonstra é a precaução das pessoas e o receio em relação as medidas econômicas anunciadas pelo governo que são todas de contenção de despesas. Assim o resultado, considerando a alta do custo do crédito, combinada com o cenário muito menos favorável no mercado de trabalho e as perspectivas de crescimento, é melhor do que o esperado, mas, não acena com muitas possibilidades de uma melhoria significativa nas condições econômicas.
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