Rondônia, 17 de novembro de 2024
Geral

Enquanto isso, na sala de espera da Fisioterapia...

Por Juliana Martins*



Comecei falando que eu concordava com ele... Em partes! Disse que não podíamos generalizar. Que temos sim grandes exemplos de jovens brasileiros que se destacam seja no esporte, nas ciências, nas artes e até mesmo nesse mundo virtual como jovens programadores e criadores de grandes recursos tecnológicos que nos trarão muitos benefícios futuramente. Eu citei também alguns adolescentes que eu conheço que amam leitura, que são verdadeiros devoradores de livros e gostam sim de informação independente do assunto, mas que infelizmente essa fatia era uma minoria gritante perto de tudo aquilo que ele havia citado. Ele balançava a cabeça concordando meio que discordando do que eu dizia e disse que as "mulheres precisavam tomar as rédeas do mundo". Que se metade das mulheres do planeta fossem como a mãe dele, a população mundial viveria em um mundo organizado, disciplinado e “altamente instruído”. Achei o máximo! Poxa, ouvir da boca de um homem que nós mulheres somos a solução do mundo? Aí eu resolvi dizer que ele tinha razão e quem sabe isso um dia não poderia acontecer e citei alguns nomes de mulheres muito poderosas que eu admirava. Citei a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, responsável por controlar o país que tem uma das maiores economias do mundo e considerada a mulher mais poderosa do planeta até em rankings que incluem homens. E o cara só balançando a cabeça de forma afirmativa. E entre outras citei uma brasileira que eu, na minha humilde opinião, considero a mulher mais poderosa do Brasil pelo posto que ocupa.

Disse em tom de voz mais alto que “estamos presenciando uma “burronalização” em massa e que o futuro, a ser construído pelos jovens de hoje, será uma catástrofe”. Deu uma pausa, respirou fundo e disse: “Mas eu não! Sempre fui e sou uma pessoa muitíssimo bem informada. Sei de tudo, falo de tudo, leio tudo o que aparece na minha frente. Vasculho, fuço, mexo aqui e ali pra saber sempre mais. Tenho sede de informação e já passo esse hábito para meu filho de quatro anos. Quero que ele seja como eu, eternamente jovem, mas com a sabedoria de um centenário”. (Profundo né?) As pessoas se mantinham em silêncio só ouvindo o falante e “super antenado” jovem senhor. Até que eu, (intrometida que só ela) quis participar da conversa.

Comecei falando que eu concordava com ele... Em partes! Disse que não podíamos generalizar. Que temos sim grandes exemplos de jovens brasileiros que se destacam seja no esporte, nas ciências, nas artes e até mesmo nesse mundo virtual como jovens programadores e criadores de grandes recursos tecnológicos que nos trarão muitos benefícios futuramente. Eu citei também alguns adolescentes que eu conheço que amam leitura, que são verdadeiros devoradores de livros e gostam sim de informação independente do assunto, mas que infelizmente essa fatia era uma minoria gritante perto de tudo aquilo que ele havia citado. Ele balançava a cabeça concordando meio que discordando do que eu dizia e disse que as "mulheres precisavam tomar as rédeas do mundo". Que se metade das mulheres do planeta fossem como a mãe dele, a população mundial viveria em um mundo organizado, disciplinado e “altamente instruído”. Achei o máximo! Poxa, ouvir da boca de um homem que nós mulheres somos a solução do mundo? Aí eu resolvi dizer que ele tinha razão e quem sabe isso um dia não poderia acontecer e citei alguns nomes de mulheres muito poderosas que eu admirava. Citei a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, responsável por controlar o país que tem uma das maiores economias do mundo e considerada a mulher mais poderosa do planeta até em rankings que incluem homens. E o cara só balançando a cabeça de forma afirmativa. E entre outras citei uma brasileira que eu, na minha humilde opinião, considero a mulher mais poderosa do Brasil pelo posto que ocupa.

Ele: A Dilma?
Eu: Não! A Dilma não, até acho louvável ela ter sido a primeira presidente mulher e tal, mas já fez tanta cagada, enfim, considero outra mais poderosa do que ela.
Ele: Quem?
Eu: Maria das Graças Foster!
Ele: Arregalando os olhos e decepcionadíssimo solta: “Mas minha senhora! Considerar a Xuxa a mulher mais poderosa do Brasil? Tenha santa paciência! Até estava achando interessante a sua colocação, mas pelo amor de Deus, a Xuxa?
Eu: Que Xuxa meu senhor?
Ele: A Xuxa ué! Maria das Graças, a Xuxa! Nada contra ela, até já comprei um desses CDs só para baixinhos mas... (eu interrompo)
Eu: Meu senhor a Maria das Graças Foster é a presidente da Petrobrás!
Ele: Ahhhh tá! E eu sou o Nelson Mandela, presidente da Angola!
Eu: África do Sul, meu senhor!
Ele: Heim?
Eu: Mandela foi presidente da África do Sul!
Ele: Você fala “foi” como se ele já não fosse mais!
Eu: Mandela faleceu em dezembro do ano passado e deixou de ser presidente da África do Sul em 1999. Por onde o senhor andava heim?
Ele: Cê tá brincando comigo né? Tá achando que eu sou um ignorante, que não sei das coisas. Olha, eu retiro o que eu disse. Mulher quando abre a boca pra falar só fala besteria e sempre quer ter razão. Faça-me o favor, tenha uma boa noite! (Levantou e foi embora)

Moral da história: Não confie em um homem que diz que o mundo pode ser comandado pelas mulheres. Ele no mínimo não gira bem! Homem nenhum do planeta afirmaria o óbvio, ou seja, que somos seres superiores a eles... Kkkkk... Só me aparece gente louca!

*jornalista em Porto Velho

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