Rondônia, 11 de janeiro de 2025
Geral

ENQUANTO PACIENTES MORREM POR NEGLIGÊNCIA, SECRETÁRIO DE SAÚDE EXONERA QUEM PEDE RECURSOS

As Comissões de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Assembleia Legislativa de Rondônia serão acionadas pelo vereador Anderson da Exceller (PSD) para inspecionar e exigir providências para combater a negligência e o abandono do Hospital Municipal de Ji-Paraná. Há graves denúncias de familiares de pacientes que morreram por falta de atendimento correto. E quem vai a imprensa denunciar ou exigir recursos para melhorar o setor é exonerado, como foi o caso de José Carlos, ex-chefe da Divisão de Controle de Endemias. O secretário municipal de Saúde, Renato Antônio Fuverki, mandou demiti-lo por não concordar com a liberação de verbas para campanha de prevenção à dengue. Ji-Paraná pode sofrer um grande surto da doença, alertou o ex-chefe. “Quem não fala a língua deles, é demitido”, disse Zé Carlos. “E a língua deles é desviar os recursos que o Governo manda”, acusou.

Renir Ricci é uma das moradoras de Ji-Paraná indignadas com a situação do Hospital Municipal e apoia intervenção na unidade. Sua filha, Taís Rici, 19, morreu há cerca de três meses vítima de negligência. Ela deu entrada no hospital com quadro grave, mas 24 horas depois diagnosticaram a garota com problemas renais e receitaram apenas buscopan para aliviar as dores. Dois depois, ela voltou ao HM e os médicos decidiram manda-la para Porto Velho. No caminho, próximo de Itapuã do Oeste, ela veio a óbito. Tais não estava com problemas renais, mas com dengue hemorrágica.
O secretário Renato Fuverki não quis falar sobre o assunto. Ele, segundo o vereador Anderson da Exceller, não é da área. Renato é dono de uma factoring e lucra com os juros cobrados sobre empréstimos de pessoas jurídicas. “O prefeito Jesualdo Pires vive impondo situações que não são as melhores para a saúde pública. A gente não pode falar nada e se quiser permanecer no cargo precisa se sujeitar. O setor está sendo massacrado e quando fui reclamar, acabei exonerado”, explicou Zé Carlos.

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