Entidades médicas buscam contato com pacientes infectados no mutirão oftalmológico

Após a confirmação de 40 casos de infecções pós-operatórias, ocorridas depois da realização de mutirão oftalmológico, feito por uma empresa contratada pela Sesau, os órgãos fiscalizadores estão em busca desses pacientes para que seja feito acompanhamento, com o objetivo de evitar problemas sérios, como por exemplo, a perda da visão.
Na manhã desta quinta-feira (17), durante coletiva de imprensa, representantes da Associação Rondoniense de Oftalmologia de Rondônia (Aroft), Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) informaram que estão em busca ativa dos pacientes envolvidos nos mutirões oftalmológicos. que tiveram infecções pós-operatória confirmadas.
O Cremero informou que os pacientes que tiveram complicações após a cirurgia realizada no mutirão da Sesau, podem procurar o órgão para que sejam realizados acompanhamentos.
A Aroft pediu apoio ao Cremero na divulgação de uma busca ativa desses pacientes para que através de uma rede de oftalmologistas organizada pela associação se faça o primeiro atendimento gratuito para entender cada caso e tomar a conduta necessária na tentativa de reduzir os danos causados. “Nós somos contra a forma como os mutirões são organizados e conduzidos. A empresa contratada para este mutirão, não possui vínculo com nosso município ou Estado e isso não possibilita um pré e pós-operatório digno de promover segurança ao paciente”, disse a presidente da Aroft, Paula Ragnni.
A presidente reforçou a importância dos pacientes que tiveram qualquer problema pós- cirúrgico, procurarem o Cremero, para que a Aroft, consiga fazer algo por eles enquanto especialidade.
Através de uma videoconferência, o conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Hiran Gallo, e o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Cristiano Caixeta Umbelino, participaram da coletiva e demonstraram sensibilização e preocupação com os pacientes que tiveram complicações pós-cirurgia, colocando as duas entidades também a disposição do que fosse necessário nesse atendimento à população.
Fiscalização
De acordo com a presidente do Cremero, Ellen Santiago, a fiscalização iniciou através de denúncias feitas junto ao órgão fiscalizador, quando foram registrados inicialmente 40 casos de endoftalmite referente ao mutirão ocorrido no final de fevereiro deste ano. “Nós temos a função de investigar se houve ou não falha ética e profissional. O processo está sendo apurado e corre em sigilo, porém neste momento precisamos de alguma forma dar apoio aos pacientes que tiveram a infecção e correm risco de perder a visão”, destacou a presidente.
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