Estado proíbe agentes de efetuar disparo de advertência para impedir fuga
Desde o último dia 15, os agentes penitenciários de Rondônia estão impedidos de entrar com arma de fogo particular nos presídios ou de realizar disparos de advertência em casos de fuga. Essas e outras determinações da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) têm sido alvo de críticas por parte do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira.
Segundo ele, os últimos investimentos neste sentido foram feitos somente no governo passado. Atualmente nossas armas, munições, algemas e coletes disponíveis nos estabelecimentos penais estão sucateados e vencidos, denunciou.
O Estado quer padronizar os procedimentos referente ao assunto conforme os princípios internacionais sobre o uso da força, mas esquece de dar primeiro as condições de trabalho ao agente que enfrenta superlotação e, muitas vezes, estruturas condenadas, afirmou o líder sindical que explicou também não ser contra a tentativa de padronização, mas que outras prioridades sejam levadas em consideração, referindo-se aos investimentos em armas, munições, equipamentos de segurança e capacitação.
Segundo ele, os últimos investimentos neste sentido foram feitos somente no governo passado. Atualmente nossas armas, munições, algemas e coletes disponíveis nos estabelecimentos penais estão sucateados e vencidos, denunciou.
Ao tornar ilegítimo o uso do disparo de advertência dentro das unidades, conforme Pereira, a segurança nos presídios de Rondônia, principalmente nos da capital, ficará comprometida, já que não existem outros mecanismos de alerta eficientes nas unidades, tais como sirenes.
Sobre a proibição do uso de arma particular no interior dos estabelecimentos penais, o presidente do Singeperon vê a categoria cada mais cerceada quando o assunto é o porte de arma. Temos uma lei estadual que não é cumprida pela Sejus. Recentemente a presidente Dilma vetou o projeto de lei que versava sobre o porte fora de serviço, relembrou.
A Portaria também proíbe os servidores de utilizarem produtos químicos de uso particular, a exemplo das bombas de gás e gás de pimenta. No entanto, Pereira revela que sequer o Estado disponibiliza esses itens ao agente penitenciário.
No próximo dia 30, os agentes penitenciários de Rondônia e do restante do país paralisarão as atividades por 24 horas, em protesto ao veto presidencial. Em seguida, a categoria no estado implementará a Operação Legalidade, onde os servidores prometem trabalhar estritamente conforme as condições previstas na Lei de Execuções Penais.
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