Exército promete liberar tráfego na BR 364 até quinta-feira
A ponte metálica está sendo construída no quilômetro 703 da BR 364, sentido Candeias, deve ficar pronta nos próximos dos dias. No local, o asfalto cedeu dando lugar a uma enorme cratera, impedindo o tráfego de veículos na rodovia. A estrutura metálica suporta no máximo 80 toneladas, tem cinco metros de largura por 60 de comprimento.
Os serviços de montagem dos painéis de aço e metal que formam a ponte estão sendo encaixados por 70 homens do 5° BEC (Batalhão de Engenharia e Construções), que trabalham vinte e quatro horas para concluir o trabalho no máximo até quinta feira (22). Essa ponte é emergencial. As chuvas atrasaram nosso trabalho. Estamos utilizando guindastes, escavadeiras para entregar no prazo estabelecido. A nossa maior dificuldade é estabilizar o terreno que continuava desmoronando com as chuvas. A ponte tem mão única é deve ficar no local por três meses, informou o Tenente Coronel Nilton Lamberti, comandante do 5° BEC.
Segundo o DNIT, o trecho da BR 364 onde o terreno cedeu foi construído na década de 80, e aproximadamente há anos não passava por manutenção. Em 2004, após a duplicação da via teriam ocorrido as últimas vistorias. O que era feito era apenas um serviço de limpeza dos bueiros e acompanhamento da estrutura asfáltica. De acordo com André do Valle, Superintende Regional do DNIT, ainda não há levantamento dos custos para recuperar a BR. Ainda não temos um laudo técnico do que ocorreu. Mas, tudo indica que os bueiros entupiram com as chuvas, a água fez pressão no aterro e o terreno cedeu. Por três meses vamos ter que utilizar a ponte construída pelo exército para ir e vir na BR 364. Não temos previsão de quando inicia a reconstrução, disse André do Valle.
De acordo com o inspetor da Policia Rodoviária Federal, João Bosco Ribeiro, o desvio da rodovia feito pelo DNIT danificou as ruas dos bairros Marcos Freire e Ulysses Guimarães. "O DNIT prometeu que vai recuperar as ruas dos bairros que as carretas estragaram. Essa BR é vital para o povo de Rondônia. É por ela que exportamos soja, e é feito o tráfego de cargas pesadas. Para se ter ideia Vilhena depende dela para receber combustiveis. É uma estrada crucial, impede, por exemplo, o carregamento das balsas para o Amazonas. Sem falar que Acre, Peru, Bolívia, Roraima e Venezuela ficam isolados a partir de Rondônia", enfatiza o inspetor rodoviário.
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