Falsos médicos são denunciados pelo conselho de classe

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (1), o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), Robinson Machado, o diretor de fiscalização Lucas levi e o delegado fiscal do conselho, Danilo Nunes, deram detalhes da fiscalização que flagrou dois falsos médicos atuando em Porto Velho, na última segunda-feira (30). De acordo com o Cremero, um engenheiro de 32 anos, estava usando o nome e carimbo de um médico da cidade, juntamente com sua mãe, de 50 anos, que também usava o nome e carimbo de uma médica. Os dois atendiam em uma clínica de saúde ocupacional.

Durante a fiscalização, o homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar. Já a mãe dele, conseguiu fugir antes da chegada da Polícia. Segundo o presidente, a dupla foi descoberta, após uma pessoa que foi atendida pela falsa médica, identificar que ela usava um nome, e tinha o carimbo com o nome de outra médica. “Essa pessoa atendida, foi no aplicativo chamado “Portal Médico”, e descobriu que a foto que tinha no cadastro, era de outra pessoa e imediatamente fez a denúncia. O atendimento feito por ela era inadequado, sem capacitação alguma”, disse Robinson Machado. O Cremero descobriu que a mulher estava atuando há pelo menos na área da medicina de forma ilegal, e o filho a cerca de dois anos. “A empresa estava funcionando de forma irregular, sem nenhum alvará. Ele prescrevia medicações, e carimbava receituários médicos”, detalhou o delegado fiscal do Cremero, Danilo Nunes.

Durante as fiscalizações, foram encontradas medicações de uso exclusivo hospitalar, como ampolas de morfina e tramal. “Foi verificado que essas ampolas eram oriundas do Hospital de Amor. Ficou claro que houve um desvio desses medicamentos, e isso vai ser investigado pela Polícia Civil. Cada ampola dessas é destinada a uma pessoa que está internada, ou seja, algum paciente ficou sem utilizar esse medicamento, usado geralmente em pacientes com câncer”, explicou o diretor de fiscalização do Cremero, Lucas Levi. Ainda no local, as equipes constataram que a empresa também realizava exames de eletrocardiograma. Os fiscais descobriram ainda, que a empresa pertencia do marido da mulher, que já é falecido. Com a morte do esposo, ela continuou atuando junto com o filho, de forma ilegal. Foram encontrados diversos atestados médicos em branco, assinados com o carimbo de assinaturas falsas, e diversos exames admissionais e demissionais de várias empresas da capital. Ainda de acordo com o Cremero, tudo será investigado pelo conselho e pela Polícia Civil, para que os dois passam ser responsabilizados pelos crimes cometidos. “Foi feito a interdição ética por parte do Cremero.

Agora, cabe a Polícia e os órgãos de controle fazer a interdição definitiva”, finalizou o presidente Robinson Machado. O Cremero destaca a importância da população que contribui fazendo denúncia anônima através do aplicativo “Busca de Médicos”, que ajuda identificar se o profissional está cadastrado no Conselho Federal de Medicina.