Familiares fazem protesto exigindo respostas sobre morte de Ari Uru-Eu-Wau-Wau
Em Porto Velho, o Dia do Índio foi marcado por uma manifestação em frente à sede da Justiça Federal em Porto Velho, organizada por parentes do indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, 34 anos, encontrado morto na manhã do dia 18 de abril de 2020, às margens da rodovia RO-010, na região de Tarilândia.
De acordo com os familiares do indígena, que permaneceram durante algumas horas em frente à sede da Justiça Federal até o momento eles não tiveram nenhuma resposta ou esclarecimento pela morte do parente.
Segundo a Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), Ari trabalhava no grupo de vigilância do povo indígena Uru-eu-wau-wau. A função do grupo consiste, principalmente, em registrar e denunciar extrações ilegais de madeira dentro da aldeia.
No ano passado, o indígena procurou a Polícia Federal para informar que estava sendo ameaçado de morte por madeireiros.
O crime
No dia em que o indígena foi encontrado morto, os policiais que atenderam a ocorrência informaram que encontraram a motocicleta, pertencente ao indígena, estacionada e o corpo caído do outro lado da estrada.
Havia marcas de sangue indicando que ele deu alguns passos para longe do veículo. O corpo tinha lesões na região do queixo, supostamente por objeto contundente.
Durante as investigações, os policiais confirmaram que o indígena foi assassinado com aproximadamente quatro golpes de um objeto contundente que causou traumatismo craniano.
Ainda segundo a polícia, a vítima trafegava na moto quando parou e foi atacada. No local do crime não foram encontrados sinais de luta entre vítima e o suspeito.
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