FAPERON ATRAPALHA CRIAÇÃO DO CONSELEITE E GERA DESCONFIANÇAS DOS PRODUTORES RURAIS
Há trinta anos nas mãos do mesmo grupo, que raramente desenvolveu ações efetivas em favor dos produtores de leite, nem mesmo durante os piores dias da crise com os laticínios, a Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon) criou, à toque de caixa, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Rondônia, o Conseleite/RO. Há sérias desconfianças entre os próprios produtores que a entidade, comandada hoje por Chico Padre, (Francisco Ferreira Cabral) esteja a serviço dos laticínios, que estão preocupados com a CPI instalada na Assembléia Legislativa de Rondônia para apurar a cartelização de preços praticados pelas indústrias em prejuízo aos pequenos produtores.
A Faperon atropelou todo o trabalho do Poder Legislativo para regulamentar os preço no mercado rondoniense, semelhante ao que aconteceu no passado no Estado do Paraná, que criou o conselho paritário entre produtores e indústrias- o Conseleite- com apoio da Universidade Federal do Paraná, que produz estudos sobre a cadeia produtiva e seus efeitos para produtores, empresários e consumidores.
Na próxima quarta-feira, técnicos do Conseleite do Paraná estarão em Rondônia para apresentar o projeto, que é um sucesso naquele Estado porque acabou com as constantes tensões entre produtores e laticínios. Eles estarão no Estado a convite do deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná), um dos poucos políticos a abraçar a causa dos produtores, brigando na Assembléia Legislativa para acabar com a injustiça contra o homem do campo. Jesualdo, que manteve pessoalmente contato com as duas partes durante a greve, garantiu uma CPI na Assembléia Legislativa para não apenas apurar a cartelização, mas também descobrir como melhorar a cadeia produtiva rondoniense. Foi dele também a idéia de copiar o modelo do Conseleite do Paraná. Ao contrário da Faperon, que vomitou um regulamento, o parlamentar foi buscar explicações de técnicos e representantes da entidade no Paraná para implementar essas experiências em Rondônia. A medida atabalhoada da Faperon ensejará uma carta de repúdio na próxima segunda-feira pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagro), que não estão fazendo parte desse novo organismo.
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