Febre Amarela: macacos encontrados mortos deixa Jaru em alerta
Uma grande quantidade de macacos encontrados mortos na zona rural de Jaru, a 300km de Porto Velho, deixou a Fundação Nacional de Saúde local em estado de alerta devido a suspeita de ser devido à febre amarela, doença que vem assustando o País após várias mortes confirmadas. Uma operação foi realizada por agentes da Funasa na última semana e pelo menos seis macacos mortos já foram encontrados pelos agentes de saúde na região da BR-364, entre as linhas 628 e 630, bem próximo à sede do município, e em propriedades rurais localizadas nas estradas vicinais 627, 628 e 629, que ligam ao distrito de Tarilândia, numa área linear de cerca de 70 quilômetros.
Segundo a bióloga da Funasa, Vera Lúcia da Silva, os macacos encontrados são da raça Aloutta, conhecido popularmente como Bugio, que são propícios à doença, e se encontram em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou a coleta de amostra para exames laboratoriais para identificar o que realmente ocasionou a morte dos primatas, já que já foi descartada a hipótese de morte por tiro ou envenenamento, o que aumenta a suspeita de ser por febre amarela do tipo silvestre. Ela disse que o material para exame tem que ser colhido com o prazo de no máximo 24 horas após a morte do animal.
Um bloqueio com vacinação vem sendo realizado por agentes de Saúde na região onde os macacos foram encontrados. A cobertura vacinal só foi possível graças à chegada de 800 doses de vacina contra a doença que chegou na última quarta-feira e foi deslocada especificamente para a região, já que não há vacinas disponíveis no Estado, declarou o agente da Funasa, Izac Castro de Medeiros. Ele tranqüiliza a população de que por enquanto a ação é apenas uma medida preventiva, já que há apenas a suspeita da doença e que quem foi vacinados a menos de 10 anos está imune e alertou sobre o perigo da superdosagem, que é tomar a vacina antes deste prazo.
Moradores de outras regiões também vêm realizando denúncias de mortes de macacos no município, o que será investigado pela Funasa. Uma força tarefa, que contará com a participação de uma equipe de Entamologia do Laboratório Central de Porto Velho, será realizada na próxima semana para tentar encontrar macacos mortos recentemente ou vivos aparentando a doença, além da coleta de mosquitos transmissores.
Os técnicos da Funasa fazem um alerta também para as pessoas que irão aproveitar o período carnavalesco para participar de retiros religiosos na zona rural, principalmente nessa área suspeita, e que não tenham certeza que estejam imunizados contra a febre amarela, para evitar tal risco. Apesar de não ter nada confirmado e ser apenas uma suspeita, é melhor não se expor ao risco. Porém, quem tomou a vacina há menos de 10 anos, não há problema algum.
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