Fecomércio aciona bancada federal para interceder por greve na Suframa

FALTA DE PESSOAL
Além da bancada rondoniense também foi encaminhado a cada presidente de Federação do Comércio da Amazônia Ocidental pedido para acionar seus representantes em Brasília, com o objetivo de unir todos os deputados e senadores num propósito único: resolver os problemas da Suframa, um dos principais instrumentos de desenvolvimento da região Norte.
FALTA DE PESSOAL
Segundo informou o coordenador regional da Suframa ao presidente da Fecomércio, a greve dos servidores não se restringe apenas a questão salarial, mas também a problemas administrativos e estruturais. Gil Vicente explica que hoje a autarquia conta com 730 funcionários divididos nos cincos estados em que atua, ficando a maioria lotada no Amazonas. Ele revela ainda que em Rondônia o déficit de pessoal é crítico, uma vez que dos contratados no último concurso, em 2008, cerca de 30% deixaram o órgão para assumir cargos concursados em outros Estados. Vicente informa ainda que o concurso realizado em 2014 foi para lotação apenas na sede da Superintendência, em Manaus.
Diante dos problemas relatados e da relação da Suframa com o setor comercial e produtivo do Estado, principalmente das empresas que contam com os incentivos fiscais da área de livre comércio de Guajará-Mirim e que sofrem com a momentânea paralisação, Raniery Coelho propôs ao coordenador regional da autarquia uma proximidade maior no sentido de colaborar com as soluções e se evitar no futuro problemas desta natureza. Todos ganham, a Suframa que conta com um parceiro nas reivindicações e o empresário que precisa dos serviços da autarquia para manter em dia suas atividades, ressalta o presidente da Fecomércio Rondônia.
COBRANÇA AO SUPERINTENDENTE
A Fecomércio/RO já havia encaminhado no dia 15 de junho ofício ao superintendente da Zona Franca de Manaus, Gustavo Adolfo Igrejas Filgueiras, pedindo providências quanto à regularização no atendimento para liberação de mercadorias em Rondônia. A situação se agravou nos últimos dias com a redução de 40 para 15 o número de senhas distribuídas no atendimento aos caminhoneiros. Segundo informações de empresários, tem caminhão aguardando até duas semanas para internalizar suas mercadorias, já afetando o abastecimento em algumas localidades do Estado. Muitos fornecedores já estão deixando de enviar produtos perecíveis a Rondônia com medo de mais prejuízos.
MOTIVOS DA GREVE
A greve dos servidores da Suframa só deve ser encerrada sob uma condição: se o Congresso Nacional derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff que excluiu da Medida Provisória 660/2014 a emenda do reajuste de salários e plano de carreira dos servidores da autarquia. A sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado que iria analisar o veto estava marcada para o dia 16 de junho, mas foi transferida para o próximo dia 30.
A condição para o fim da greve foi imposta pelo presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, durante a audiência pública na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), da Câmara dos Deputados. O sindicato não aceitou a contraproposta do Ministério do Planejamento, fruto de um acordo feito com a bancada parlamentar do Amazonas pelo ministro Nélson Barbosa: contemplar a questão salarial dos servidores na proposta orçamentária de 2016 que chega ao Congresso Nacional até o fim de agosto.
Questionado sobre uma contraproposta imediata para fazer os servidores da Suframa voltar às atividades, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, descartou tal negociação. Veja que estamos falando em junho e a proposta de orçamento de 2016 chega em agosto. Acho que seria razoável que houvesse a compreensão dos servidores para pôr fim à greve já que há esse compromisso de o Governo encaminhar essa solução, declarou Mendonça.
O presidente do Sindframa, Anderson Belchior, foi irredutível em relação à proposta do Ministério do Planejamento. Disse que não acredita nas promessas do Governo que vem enrolando a categoria nos últimos três anos. A greve só termina quando o Congresso derrubar o veto. Se não ocorrer, a paralisação continua, sentenciou.
MUDANÇAS
Além da promessa de reestruturação na carreira e salários dos servidores, os Ministérios do Planejamento (Mpog) e da Indústria e Comércio (Mdic) vão realizar mudanças na Suframa. Os representantes do Governo falaram em aperfeiçoamento da instituição, meta de gestão, recuperação de recursos e eficiência na aplicação. Essas mudanças acontecerão em comum acordo com os técnicos e Governos dos Estados da Amazônia Ocidental. Foi descartada, nesse momento, uma intervenção federal ou transformação da Suframa em uma Agência Executiva.
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