Fiscais da prefeitura retiram vendedores de peixe da calçada do Skate Park e geram revolta
Ambulantes dizem que vão retornar ao local. Prefeitura alega ter dado prazo para a saída.
Três dos cinco ambulantes que trabalham vendendo peixe assado no Skate Parque, localizado na Avenida José Vieira Caúla, foram retirados na manhã desta sexta-feira (25) por fiscais da prefeitura, que alegam ter recebido denúncias informando que a atividade estava sendo exercida de forma irregular. Outros dois que ainda continuam no local devem sair nos próximos 30 dias.
“Quem denunciou a gente tem inveja do nosso trabalho. Esse tipo de gente que só quer ver o mal do próximo, com certeza não vai ter sucesso na vida. Só quero ganhar meu dinheiro pra manter minha família, não estou fazendo nada de errado”, disse Esmeraldina Ferreira, que tira todo o sustento da venda de peixe assado há três anos.
A vendedora ambulante Valdete Marcos, de 62 anos, comercializa peixe na praça há mais de três anos e reprova a atitude da prefeitura. “Foi uma falta de respeito o que fizeram com a gente. Eu sobrevivo disso, não tenho outra renda além da venda de peixe. Como vou pagar minhas contas sem ter como vender meus peixes?”, reclama Valdete.
Com sua churrasqueira apreendida Francinete dos Santos, de 42 anos, disse não ter condições de pagar para reaver a churrasqueira, mas que vai voltar a vender seu peixe com ou sem autorização. “Eu vou voltar a vender meu peixe aqui, eles querendo ou não. Eu preciso da minha churrasqueira para trabalhar, mas eles me cobraram R$ 500 para tirar de lá e eu não tenho condições de pagar”, afirma.
De acordo com o fiscal da prefeitura Moisés Cruz, os ambulantes tiveram o prazo de mais de 38 dias para providenciar a saída do local, mas não obedeceram e nem procuraram se regularizar. “Nenhum ambulante pode ficar vendendo seus produtos em praça pública. Hoje (sexta-feira) nós estamos aqui para fazer a retirada deles do local, e mesmo aqueles que têm autorização vão ter que sair, por ser proibido por lei”, disz o fiscal.
Ainda de acordo com Cruz, os vendedores foram notificados e convidados para comparecer a até a prefeitura para se regularizar, “mas fizeram pouco caso. Eles foram avisados que haveria essa apreensão e mesmo assim não saíram do local, e na data de hoje foram retirados”, finaliza Moisés Cruz.
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