Funcionários da Caixa Econômica fecham agência de Ariquemes

Funcionários da Caixa Econômica de Ariquemes paralisaram por duas horas suas atividades na manhã de ontem, 26, em protesto contra as péssimas condições de trabalho, a infraestrutura obsoleta, o caos no atendimento e a ′escravidão branca′ que vem se tornando rotina naquela agência.

"A infraestrutura da agência é antiga, os problemas de falta de água e banheiros quebrados são constantes. Além disso, o espaço da unidade não comporta mais o volume de pessoas e funcionários e clientes tem dificuldades até mesmo para transitar dentro da agência. A jornada de trabalho é extenuante e além de alguns cumprirem jornadas de mais de 10 horas diárias, muitas vezes outros funcionários tem que levar serviço para casa para cumprir a demanda e impedir o acúmulo de serviço", contou Euryale Brasil, secretário geral do SEEB/RO e funcionário da CEF.

O ato foi motivado pelo não atendimento aos requerimentos de funcionários e do Sindicato, que há meses exigem uma solução para o caos no atendimento ao público e na rotina dos 26 trabalhadores que tem que atender a uma população de mais de 200 mil habitantes, que compreende Ariquemes e todo o Vale do Jamari.

"A infraestrutura da agência é antiga, os problemas de falta de água e banheiros quebrados são constantes. Além disso, o espaço da unidade não comporta mais o volume de pessoas e funcionários e clientes tem dificuldades até mesmo para transitar dentro da agência. A jornada de trabalho é extenuante e além de alguns cumprirem jornadas de mais de 10 horas diárias, muitas vezes outros funcionários tem que levar serviço para casa para cumprir a demanda e impedir o acúmulo de serviço", contou Euryale Brasil, secretário geral do SEEB/RO e funcionário da CEF.

Segundo o dirigentes, alguns dos empregados trabalham em um clima de tensão incessante, pois pela carência no quadro funcional aliado à super demanda de clientela, acabam sendo alvos de ataques dos clientes e usuários revoltados (e com razão) e ainda tem que suportar a pressão por parte dos gestores que cobram o cumprimento de metas abusivas e desumanas.

"E, como se sabe, todos estes problemas criam uma rotina desgastante para os trabalhadores, que acabam adoecendo por conta de tanta pressão e pela carga humilhante de serviço", acrescentou.
Após a manifestação os dirigentes sindicais se reuniram na Câmara Municipal com alguns vereadores, entre eles Édipo Pompeu (PT) e o presidente Alex Redano (PRTB), que garantiu realizar uma audiência pública na próxima segunda-feira, a partir das 17 horas, para discutir os problemas de infraestrutura e o caos no atendimento da Caixa.
“Os vereadores já tem conhecimento deste caos e, sensibilizados com a situação de trabalhadores e da população em geral, vão cobrar da Caixa a contratação de mais funcionários, a melhoria na infraestrutura daquela agência e, sobretudo, a abertura de mais uma unidade para, pelo menos, diminuir o estrangulamento no atendimento e a insatisfação de todos”, contou José Pinheiro, presidente do Sindicato.
Esta não é a primeira vez que o Sindicato recebe denúncias desta natureza e, consequentemente, denuncia para os órgãos fiscalizadores.

Ainda no dia 26, através de ofício ao Sindicato, o superintendente Márcio Augusto de Lima Mourão anunciou a abertura de mais um Ponto de Atendimento Bancário (PAB) dentro do prédio da Prefeitura, com quatro funcionários, até o mês junho. Também alocou mais dois funcionários para aquela agência e garante iniciar uma ampla reforma do prédio ainda este ano e a instalação de mais uma agência ainda no segundo semestre deste ano.

“Esperamos que não fique apenas na promessa e que haja ações concretas da Superintendência, pois se nada for feito, novas ações serão implementadas pelo Sindicato”, concluiu o presidente.