Governo diz que Flor do Maracujá foi cancelado este ano em acordo com grupos folclóricos
Em entrevista ao RONDONIAGORA, a titular da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Camila Lima Ribeiro, explicou o motivo para o cancelamento da 39ª edição do Arraial Flor do Maracujá, este ano, em Porto Velho.
A superintendente explicou que o cancelamento do arraial aconteceu em comum acordo entre os representantes dos grupos folclóricos e o estado. Ela esclareceu ainda, que por conta da pandemia da Covid-19, a cultura e outros seguimentos ficaram em segundo momento porque o estado trabalhou para salvar vidas.
De acordo com Camila Lima Ribeiro, o primeiro adiamento ficou para o mês de novembro, o que trouxe vários questionamentos. “Mas isso foi o reflexo da pandemia. Os grupos sempre atuaram com patrocínio para eles próprio poderem se apresentar. Mas esse ano as empresas estavam vindo de um momento pós-pandemia”, destacou a superintendente, o que segundo ela, acabou prejudicando o patrocínio.
Para tentar fazer com que o evento acontecesse, ela conta que o Governo do estado resolveu apoiar os grupos não só na estrutura do evento, mas repassando recursos para os grupos se estruturarem e participarem do arraial. “Nós encontramos essa possibilidade, mas isso acarretou na prorrogação na mudança no prazo, acarretando também na necessidade de mais recursos para o evento, que valia um valor e passou a custar outro valor”, afirmou a superintendente da Sejucel.
A superintendente informou ao jornal, que para a estrutura do evento e disponibilização de recursos para estruturar os grupos folclóricos, o estado teria que investir entre R$ 2,5 a R$ 3 milhões.
Camila Lima Ribeiro destacou que a prorrogação do evento era inevitável. “Porque a gente precisava atender os grupos, então precisávamos também fazer alguns ajustes. Vale ressaltar, que a gente sempre estava em diálogo com os representantes dos grupos, inclusive, tivemos várias reuniões. Apresentamos a situação e mostramos que nosso orçamento ainda não estava liberado. No dia seguinte, precisávamos abrir a etapa de recebimento das propostas para o repasse e não poderia abrir sem ter todo o aporte orçamentário disponível, porque seria uma irresponsabilidade fiscal e crime da minha parte”, explicou.
O governador, através do chefe da Casa Civil, de imediato convocou um diálogo com os representantes dos grupos folclóricos, no dia 13 de outubro. “Nessa reunião, nós informamos que na data que seria realizado o evento, por conta dos procedimentos legais, não iriamos conseguir fazer, teria que ter outra data. Foi quando os representantes disseram que não era viável acontecer este ano porque estava fora de contexto, fora da época, que normalmente acontece em junho, sempre destacando a importância do evento”, disse.
Após ficar decidido sobre o cancelamento, os representantes dos grupos folclóricos pediram um compromisso do estado para que o evento acontecesse em 2023, no mês de junho. “O estado se comprometeu a realizar no mês de junho. Agora, estamos providenciando o decreto que institui o calendário estadual cultural a partir do de 2023, existindo um calendário fixo para a realização do Arraial Flor do Maracujá. Mesmo estando em um momento de disputa de governo, estando o governador atual ou não, ano que vêm, os grupos terão o aporte jurídico para brigarem pelo direito adquirido, caso seja necessário”, garantiu a superintendente.
A Sejucel já legalizou o Arraial Flor do Maracujá, segundo Camila Lima Ribeiro. “É uma lei, é um patrimônio histórico. Já está inserindo no calendário cultural do estado. O decreto será regulamentado e na sequência será publicada a portaria com as datas. O evento deverá acontecer na segunda quinzena do mês de junho. Vai haver uma cerimônia dos detentores do arraial, agora entre os meses de novembro e dezembro deste ano”, disse.
Circuito
Para não encerrar o ano sem um evento folclórico o estado anunciou a realização do Circuito Rondon de Cultura envolvendo agremiações folclóricas de Porto Velho.
O Circuito deve acontecer em novembro, alusivo ao Dia Nacional da Cultura. O lançamento oficial será no dia 21 de novembro, ocasião em que ocorrerá a Premiação Tributo à Tereza de Benguela, homenagem a mulheres e homens negros em destaque na cultura rondoniense.
Durante o evento, haverá apresentações de diversos segmentos artísticos ocorrerão nos dias 25 e 26 de novembro, 2 e 3 de dezembro no Ginásio Cláudio Coutinho, apresentações de diversos segmentos artísticos. “Nesse projeto, nós vamos atender todas as culturas”, finalizou a superintendente Camila Lima Ribeiro.
A programação termina na data de 14 de dezembro, no Teatro Guaporé, com a exibição do filme "O Gigante" que retrata a história e trajetória de Marechal Rondon.
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