Rondônia, 17 de novembro de 2024
Geral

Governo vetou cobrança de altos valores no Flor do Maracujá e revoltou a Federon, diz Sejucel

O fim da cobrança de alugueis de barracas e do estacionamento no Arraial Flor do Maracujá foi o principal motivo para a Federação de Quadrilhas e Bois Bumbás de Rondônia (Federon) anunciar que seus integrantes estão fora da edição desse ano do Flor do Maracujá. A garantia é do superintendente estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, Jobson Bandeira dos Santos. Ele explica que essa cobrança elevaria bastante os preços durante o evento.

De acordo com o superintende, uma das propostas de campanha do governador Marcos Rocha era resgatar o Arraial Flor do Maracujá. “E isso significa verificar com a população quais seriam as reclamações sobre o evento. Uma delas foi a questão dos preços absurdos e abusivos na hora de comprar algum tipo de refeição no arraial e aí começamos a ver o que estava acontecendo. Constatamos que as pessoas pagavam muito caro ao comprar, por exemplo, uma picanha, que fora do evento custa no máximo R$ 50 e no Flor do Maracujá passava dos R$ 100”.

Ele explica ainda que a Sejucel entendeu que o preço cobrado no estacionamento e nas barracas de alimentação era lesivo aos usuários. “E isso não era só referente a alimentação, e sim aos brinquedos que o parque oferecia para os usuários. Então, tudo aquilo que era cobrado, e que não estava dentro dos padrões, que tem que ser feito, foi retirado”, disse o superintendente.

O dirigente estadual enfatiza ainda que além de cobrar as taxas estipuladas por Lei, que são as do Corpo de Bombeiros, Prefeitura e entre outros, a Federação cobrava valores adicionais. “Tem um vídeo circulando em que um dos representantes da Federação diz que neste ano, por causa desse impasse todo, iriam cobrar somente 50% dos ambulantes, ou seja, R$ 1.400 de taxa para os donos de barraca e do responsável pelo estacionamento. Se cobrar R$ 2.900, por exemplo, de um barraqueiro, que é o preço cobrado pela Federon dependendo do seguimento, o ambulante vai aumentar o valor do produto dele porque precisa ter lucro e pagar funcionários. Quem paga no final é a população que visita o local”, enfatizou Jobson Bandeira.

O superintendente destaca que o dinheiro dos alugueis das barracas e do estacionamento que os representantes queriam, não pode ser repassado para a Federon. “Não sou eu quem está falando, e sim a Procuradoria Geral do Estado e o Ministério Público. Os representantes queriam continuar cobrando taxa para o aluguel de barracas e fazendo todas as demandas e a gente não vai permitir mais”, afirmou.

Sobre a acusação de que a Sejucel não quer mais dar apoio para os grupos folclóricos, o superintendente nega. “Isso não é verdade. Queremos quer dar apoio sim, mas através dos patrocínios conforme a lei manda. Em todo o momento nós deixamos claro que seriamos parceiros com a entidade e brincantes, mas precisamos também olhar para a população que frequenta o local. Nós não podemos usar o espaço só para atender a federação”, ressaltou Jobson.

O dinheiro arrecadado com a cobrança dessas taxas era repassado para os grupos folclóricos. “Mas esse ano começamos a trabalhar para fazer esse atendimento buscando patrocínio, e é o que estamos fazendo todos os dias para repassar as doações para os grupos legalmente”, disse Jobson.

Uma das preocupações da Federon era com o deslocamento dos grupos para o local de apresentação, mas isso a Sejucel garante que já está resolvido. “Nossa equipe já contratou uma empresa para fazer esse trabalho de transporte de todos os brincantes e outra para oferecer a alimentação. Outra coisa que eles falaram que a gente precisa fazer é a questão dos vestuários, locutor para o dia, contratação de bandas. Isso a gente não tem legalidade para fazer, somente através de patrocínio que é o que estamos buscando”, garantiu.

Caso os grupos filiados à Federon não atendam o convite da Sejucel para se apresentarem no Arraial Flor do Maracujá, o superintendente informou que será feito um chamamento público para outros interessados, inclusive de fora de Rondônia. “Nós temos vários grupos de quadrilha e boi-bumbá que podem se apresentar no arraial. Se confirmar que os grupos ligados a Federon não vão participar, todo o dinheiro arrecadado de patrocínio será revestido em premiação”, finalizou Jobson Bandeira.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Federon diz que não irá participar do Flor do Maracujá e anuncia novo arraial para agosto

Arraial Flor do Maracujá é lançado com resgate da festa cultural popular e anúncio do fim de cobranças abusivas

Com patrocínio da Energisa para grupos folclóricos, Governo adia Flor do Maracujá para fim de julho

Estudante rondoniense conquista medalha de prata no taekwondo durante Jogos da Juventude 2024