Greve em Rondônia completa 15 dias com protesto nas ruas
Os trabalhadores em educação estaduais de Rondônia, em greve desde o dia 23 de fevereiro, promoveram uma passeata pelas principais ruas do centro comercial de Porto Velho na manhã desta sexta-feira (09/03).
A categoria denunciou que o salário da educação em Rondônia é o mais baixo entre todos os servidores do Poder Executivo, e está entre os piores do país.
Na tarde de quarta-feira, dia 07/03, a direção do Sintero e o comando de greve dos trabalhadores mais uma reunião com representantes do governo do Estado visando à negociação da pauta de reivindicações da categoria.
A categoria denunciou que o salário da educação em Rondônia é o mais baixo entre todos os servidores do Poder Executivo, e está entre os piores do país.
Na tarde de quarta-feira, dia 07/03, a direção do Sintero e o comando de greve dos trabalhadores mais uma reunião com representantes do governo do Estado visando à negociação da pauta de reivindicações da categoria.
A reunião ocorreu no Gabinete do secretário Chefe da Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral e também contou com a participação do secretário de Estado da Educação, Julio Olivar, e do assessor especial do governo, Mário Jorge.
Além do presidente do Sintero, Manoel Rodrigues e do diretor de Assuntos Jurídicos do sindicato, Nereu Klosinski, participaram do encontro o advogado Hélio Vieira, o presidente da CUT/Rondônia, Cleiton Silva, e representantes de todas as Regionais.
O primeiro ponto discutido foi uma reformulação emergencial do Plano de Carreira (Lei Complementar nº 420/2008) para resolver o problema de enquadramento de professores e técnicos administrativos.
O governo mantém o reajuste salarial de 6,5% para todos os servidores e propôs uma alteração emergencial na tabela salarial dos trabalhadores em educação utilizando os recursos de 25% destinados à educação.
De acordo com a proposta, o governo aceita, por exemplo, a criação do cargo único de professor da educação básica com reenquadramento para os que concluíram Licenciatura Plena, o que resolveria a situação dos professores que elevaram nível e dos que esperam a elevação; o reenquadramento dos técnicos administrativos em dois níveis, sendo um para nível médio e outro para nível superior, acabando com a disparidade existente entre salários da mesma função; um reajuste de 30% em todas as gratificações de professores e técnicos administrativos, incluindo supervisores e orientadores, passando para os seguintes valores:
PROFESSORES
- Gratificação de docência de R$ 200,00 para R$ 260,00
- Gratificação de professor em sala de aula de R$ 130,00 para R$ 169,00
- Gratificação de professor lotado em escola fora da sala de aula de R$ 150,00 para R$ 195,00.
SUPERVISORES O ORIENTADORES
- Gratificação de efetivo trabalho de R$ 100,00 para R$ 130,00
- Gratificação de Unidade escolar de R$ 130,00 para R$ 169,00
TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS
- Gratificação de incentivo à educação de R$ 220,00 para R$ 286,00
- Gratificação de Unidade Escolar de R$ 90,00 para R$ 117,00
Além disso, o governo propõe disponibilizar R$ 400 mil em abril e R$ 100 mil por mês para pagamento da licença prêmio; uma reformulação geral do Plano de Carreira até o final de abril; e novas negociações sobre novo aumento salarial, pagamento de licença prêmio e auxílio alimentação depois que for efetivada a transposição. Fazia parte da proposta, ainda, um novo encontro entre governo e sindicato, desta vez com a presença do governador Confúcio Moura (PMDB).
O Sintero havia, inclusive, marcado assembleia para a tarde desta sexta-feira para que a categoria pudesse avaliar e deliberar se aceita ou rejeita o que foi proposto.
No entanto, na tarde de quinta-feira o governo comunicou ao sindicato que a reunião de sexta-feira estava cancelada e que precisaria de mais tempo para calcular o impacto na folha de pagamento e verificar possibilidade de cumprir o que foi proposto.
Na segunda-feira mais caravanas do interior são esperadas para novas manifestações em Porto Velho e para acompanhar a reunião com o governo, e na terça-feira haverá assembleias simultâneas em todas as Regionais para que a categoria possa avaliar a proposta.
Por enquanto as assembleias de trabalhadores tem decidido que a greve deve continuar. Em algumas localidades a adesão é de 100%, enquanto em outras há escolas funcionando precariamente com professores emergenciais.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que está do lado dos trabalhadores em educação até o fim, e que a greve só acaba quando a categoria decidir, quando o governo apresentar uma proposta que atenda às necessidades dos profissionais da educação.
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